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Lula tinha talento diplomático que falta em Dilma, diz Lafer

"(O ex-presidente) Lula tinha talentos diplomáticos indiscutíveis e não vejo esses talentos na presidente Dilma", disse o ex-ministro das Relações Exteriores

Celso Lafer: "ela (Dilma) tem um menor interesse na política externa", disse o ex-ministro das Relações Exteriores. (Francisco Emolo/Jornal da USP)
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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2013 às 20h03.

São Paulo - O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer criticou nesta quinta-feira a condução da política externa brasileira pela presidente Dilma Rousseff. "(O ex-presidente) Lula tinha talentos diplomáticos indiscutíveis e não vejo esses talentos na presidente Dilma. Ela tem um menor interesse na política externa", afirmou Lafer, em um seminário no Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), em São Paulo.

Segundo o embaixador, a presidente Dilma prioriza dois temas em sua política externa: o programa Ciência sem Fronteiras e as críticas aos "desalinhamentos cambiais" de outros países, com os impactos no Brasil. "São temas importantes, mas não é possível construir uma política externa nesses dois temas", afirmou.

Lafer criticou ainda a agenda do governo para o Mercosul, bloco econômico que passa por um processo de "erosão" da homogeneidade implantada no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo ele. Sem citar o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, Lafer afirmou que "a agenda do PT para a região vem sendo produzida pelo professor Marco Aurélio (Garcia), assessor da Presidência".

"Há falta de foco e um exemplo foi a suspensão do Paraguai do Mercosul. O Brasil não liderou, se deixou levar pela posição da Argentina e seu "semibolivariano"", disse. Ainda segundo o ex-ministro, o "porta-voz do governo é o ministro da Fazenda Guido Mantega", o qual, segundo ele, "exprime o que o governo deseja até mesmo em políticas externas".

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Segundo o embaixador, a presidente Dilma prioriza dois temas em sua política externa: o programa Ciência sem Fronteiras e as críticas aos "desalinhamentos cambiais" de outros países, com os impactos no Brasil. "São temas importantes, mas não é possível construir uma política externa nesses dois temas", afirmou.

Lafer criticou ainda a agenda do governo para o Mercosul, bloco econômico que passa por um processo de "erosão" da homogeneidade implantada no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo ele. Sem citar o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, Lafer afirmou que "a agenda do PT para a região vem sendo produzida pelo professor Marco Aurélio (Garcia), assessor da Presidência".

"Há falta de foco e um exemplo foi a suspensão do Paraguai do Mercosul. O Brasil não liderou, se deixou levar pela posição da Argentina e seu "semibolivariano"", disse. Ainda segundo o ex-ministro, o "porta-voz do governo é o ministro da Fazenda Guido Mantega", o qual, segundo ele, "exprime o que o governo deseja até mesmo em políticas externas".

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