Lubinets estimou que o CICV não estava cumprindo seu mandato, que prevê visitas aos prisioneiros militares e civis nas áreas de conflito (Joern Pollex/Getty Images)
AFP
Publicado em 18 de outubro de 2022 às 17h54.
Última atualização em 18 de outubro de 2022 às 18h27.
O governo da Ucrânia denunciou, nesta terça-feira, 18, a "inação" do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para ajudar seus soldados mantidos como prisioneiros pelos russos e que ainda não foram visitados por representantes da organização internacional.
"Infelizmente, em cada troca, constatamos que a inação do CICV levou nossos prisioneiros de guerra e reféns civis a serem torturados diariamente por fome e eletrocussão", criticou o encarregado ucraniano de direitos humanos, Dmytro Lubinets, citado em um comunicado da Presidência.
Lubinets estimou que o CICV não estava cumprindo seu mandato, que prevê visitas aos prisioneiros militares e civis nas áreas de conflito.
O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, disse que Kiev "espera e exige do CICV a determinação adequada para ter acesso aos prisioneiros ucranianos de Olenivka".
As condições sanitárias dessa prisão, situada na parte ocupada pelos russos da província (oblast) oriental de Donetsk, foram denunciadas pela ONU e Kiev requisitou, em diversas ocasiões, a visita de uma equipe do CICV.
"O CICV não trabalha para proteger nossos prisioneiros", disse Yermak, denunciando a posição "destrutiva e cínica" de Rússia.
O Comitê pediu na sexta-feira passado o acesso "imediato e sem obstáculos" a milhares de prisioneiros de guerra do conflito na Ucrânia, aos quais ainda não pôde visitar.
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