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Justiça suspende projeto para vender autódromo de Interlagos

A privatização do autódromo havia sido aprovada em primeiro turno pela Câmara Municipal da capital na última quarta-feira (8)

Doria: o prefeito queria ver o projeto aprovado antes da corrida de Fórmula 1 (Nacho Doce/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 15h36.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2018 às 15h34.

São Paulo - O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu o processo de votação do projeto da gestão João Doria (PSDB) para privatizar o autódromo de Interlagos , aprovado em primeiro turno pela Câmara Municipal da capital na última quarta-feira, 8.

A ação foi proposta pelo vereador Mário Covas Neto, do mesmo partido do prefeito.

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Covas Neto entrou com um mandado de segurança na última terça-feira, 7, argumentando que a tramitação do projeto burlou o regimento interno da Câmara ao ir para o plenário da Casa sem antes passar pela reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida por ele.

O projeto foi submetido ao congresso de comissões (reunião de vários colegiados da Casa feita em plenário para acelerar a votação) na quarta-feira, 8, por decisão do presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), e aprovado no mesmo dia pelo plenário, com 37 votos a favor.

A votação nesta semana foi um pedido de Doria, que queria ver o projeto aprovado antes da corrida de Fórmula 1 que ocorre em Interlagos neste sim de semana.

Em despacho publicado na quinta-feira, 9, o desembargador Augusto Francisco Mota Ferraz de Arruda, do Órgão Especial do TJ-SP, acolheu o pedido de Covas Neto e decidiu suspender o processo de votação do Projeto de Lei 705/2017 até o envio de informações sobre a tramitação da proposta pelo presidente da Câmara.

Em nota, a Câmara Municipal informou que "a presidência da Casa está absolutamente tranquila quanto à legalidade na aprovação, em primeiro turno, do PL 705/17".

Segundo o Legislativo, "há anos, diferentes presidentes do Legislativo paulistano entendem que projetos de lei podem ser aprovados com aval do congresso de comissões".

Ainda segundo a Câmara, a medida está embasada em um "precedente regimental" de 2015.

"O autor do atual pedido de liminar já tentou barrar outro projeto do governo do PSDB e não teve êxito na Justiça", conclui a nota. A gestão Doria informou que ainda não foi notificada da decisão.

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