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Justiça suspende licenças ambientais de complexo da Samarco

Juiz determinou que importância da mineradora para região não pode justificar a retomada de atividades que gerem risco de novas tragédias

Desastre em Mariana: juiz determinou que importância da mineradora para região não pode justificar a retomada de atividades que gerem risco de novas tragédias (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2016 às 20h45.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou esta noite (19) que o juiz Michel Curi e Silva, substituto na 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, determinou, liminarmente, a suspensão de todas as licenças ambientais do Complexo Germano, da mineradora Samarco , local onde ocorreu o rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana (MG), até nova decisão do Poder Judiciário. O pedido foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Na decisão, o juiz reconhece a importância do funcionamento da mineradora para a economia da região e até mesmo para a macroeconomia do estado, ao gerar riquezas, empregos e arrecadação tributária, entretanto destacou que isso não pode justificar a retomada de atividades que gerem risco de novas tragédias, com perdas de mais vidas humanas e danos ambientais irreparáveis.

O juiz concluiu que a empresa estava tentando voltar a operar usando as mesmas licenças ambientais obtidas antes do rompimento da barragem, que deixou 19 vítimas fatais, desalojou milhares de pessoas, destruiu o distrito de Bento Rodrigues e comprometeu o abastecimento de água em diversos municípios ao longo do Rio Doce, além de devastar o meio ambiente.

Silva defendeu que, após o desastre, ficou evidente que as permissões anteriormente concedidas não tinham eficácia. Além disso, uma nota técnica do  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) demonstra que a empresa até hoje não apresentou um planejamento de atuação emergencial para o complexo, para o caso de uma nova tragédia.

Por meio de nota, a Samarco informou que “não foi oficialmente notificada sobre a decisão” que suspende as licenças ambientais do Complexo de Germano, “mas adianta que, assim que for intimada, analisará e tomará as medidas cabíveis”.

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Na decisão, o juiz reconhece a importância do funcionamento da mineradora para a economia da região e até mesmo para a macroeconomia do estado, ao gerar riquezas, empregos e arrecadação tributária, entretanto destacou que isso não pode justificar a retomada de atividades que gerem risco de novas tragédias, com perdas de mais vidas humanas e danos ambientais irreparáveis.

O juiz concluiu que a empresa estava tentando voltar a operar usando as mesmas licenças ambientais obtidas antes do rompimento da barragem, que deixou 19 vítimas fatais, desalojou milhares de pessoas, destruiu o distrito de Bento Rodrigues e comprometeu o abastecimento de água em diversos municípios ao longo do Rio Doce, além de devastar o meio ambiente.

Silva defendeu que, após o desastre, ficou evidente que as permissões anteriormente concedidas não tinham eficácia. Além disso, uma nota técnica do  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) demonstra que a empresa até hoje não apresentou um planejamento de atuação emergencial para o complexo, para o caso de uma nova tragédia.

Por meio de nota, a Samarco informou que “não foi oficialmente notificada sobre a decisão” que suspende as licenças ambientais do Complexo de Germano, “mas adianta que, assim que for intimada, analisará e tomará as medidas cabíveis”.

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