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Justiça nega acesso à delação de Paulo Roberto Costa

Acordo de delação prevê acerto de Costa com Ministério Público Federal, que destacou força-tarefa de seis procuradores para avaliar depoimentos do ex-diretor


	Costa: ele chegou a ir à sessão da CPI mista no Congresso, mas se manteve em silêncio
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Costa: ele chegou a ir à sessão da CPI mista no Congresso, mas se manteve em silêncio (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 16h43.

São Paulo - O juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato que tramitam na Justiça Federal do Paraná, rejeitou nesta segunda-feira, 22, o pedido de compartilhamento das informações da delação premiada prestada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa ao Ministério Público Federal.

"O momento atual, quando o suposto acordo e os eventuais depoimentos colhidos sequer foram submetidos ao Juízo, para homologação judicial, não permite o compartilhamento, sem prejuízo de que isso ocorra no futuro", afirma o magistrado na decisão.

O acordo de delação prevê um acerto de Costa com o MPF, que destacou uma força-tarefa de seis procuradores para avaliar os depoimentos do ex-diretor.

Depois esse acordo precisa ser levado ao juiz para ser homologado.

A decisão responde às solicitações feitas pela CPI mista que investiga a Petrobras, pela Controladoria-Geral da União e pela própria estatal, que manifestaram interesse de ter acesso à delação que vem sendo realizada por Costa, preso na Lava Jato acusado de participar de esquema de lavagem e desvio de dinheiro na Petrobrás.

Na semana passada, Costa chegou a ir à sessão da CPI mista no Congresso, mas se manteve em silêncio.

Caso desse detalhes de seu depoimento ao MPF, ele poderia perder benefícios da delação premiada, como a redução de sua pena.

Segundo tem sido divulgado pela imprensa, o ex-diretor teria revelado a existência de um esquema de cobrança de propinas a políticos envolvendo contratos da estatal petrolífera.

Foram citados mais de 30 políticos, dentre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS).

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