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Justiça e Comunicações defendem preservação de dados no país

Para Marivaldo Pereira, secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça, um aspecto "cujo debate precisa ser amadurecido é o da guarda dos dados"

Plenário do Senado: em audiência pública, também agora o Ministério da Justiça, abertamente, diz concordar com a inclusão desse aspecto no Marco Civil (Waldemir Barreto/Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 18h38.

Tudo indica que a pressão sobre o relator do projeto do Marco Civil da Internet, Alessandro Molon (PT/RJ) deve crescer nas próximas horas em relação a um dos aspectos que já vinha sendo defendido pelo Ministério de Comunicações : a garantia de que o projeto inclua um dispositivo assegurando o armazenamento de informações das aplicações de Internet em território Brasileiro.

É uma consequência clara do crescente nível de preocupação do governo com as informações e suspeitas sobre espionagem e quebra de sigilo das comunicações, inclusive do próprio governo.

Em audiência pública realizada nesta terça, 3, no Senado, além das defesas já esperadas do ministério das Comunicações e da Anatel a esse respeito (os dois órgãos já haviam manifestado essa posição há algum tempo), também agora o Ministério da Justiça , abertamente, diz concordar com a inclusão desse aspecto no Marco Civil.

Segundo Marivaldo Castro Pereira, secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça, um aspecto "cujo debate precisa ser amadurecido é o da guarda dos dados", diz ele.

"Estamos conversando com Minicom e Anatel para viabilizar a guarda dos dados no Brasil e o que é principal, como assegurar que a intimidade e a privacidade não possam ser violadas de maneira nenhuma, ainda que autorizadas por leis estrangeiras. Essa é uma grande preocupação nossa", disse ele durante a audiência.

O secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, voltou a defender essa tese. "É fundamental que empresas que exerçam atividade econômica no Brasil deem garantias de obediência às leis brasileiras, e manter os dados em território nacional é fundamental", disse ele.

Martinhão reconhece que esse é um assunto que demandará muito mais regulamentação. "Não é um assunto que se esgota no Marco Civil, mas tem que começar por ai. Depois, precisaremos detalhar isso, mas não pode ficar de fora", disse o secretário.

O detalhamento envolveria a questão da replicabilidade de dados, condições para que se caracterize a atividade econômica no Brasil, o tipo de informação a ser armazenada e, obviamente, as sanções possíveis em caso de descumprimento.

O Ministério da Justiça parece estar no mesmo tom: "o Marco Civil tem como foco não setores de mercado. O foco é a preservação do sigilo, privacidade e intimidade do usuário, e no caráter democrático e dinâmico da Internet. A questão da segurança precisará depois descer a um nível mais técnico".

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Tudo indica que a pressão sobre o relator do projeto do Marco Civil da Internet, Alessandro Molon (PT/RJ) deve crescer nas próximas horas em relação a um dos aspectos que já vinha sendo defendido pelo Ministério de Comunicações : a garantia de que o projeto inclua um dispositivo assegurando o armazenamento de informações das aplicações de Internet em território Brasileiro.

É uma consequência clara do crescente nível de preocupação do governo com as informações e suspeitas sobre espionagem e quebra de sigilo das comunicações, inclusive do próprio governo.

Em audiência pública realizada nesta terça, 3, no Senado, além das defesas já esperadas do ministério das Comunicações e da Anatel a esse respeito (os dois órgãos já haviam manifestado essa posição há algum tempo), também agora o Ministério da Justiça , abertamente, diz concordar com a inclusão desse aspecto no Marco Civil.

Segundo Marivaldo Castro Pereira, secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça, um aspecto "cujo debate precisa ser amadurecido é o da guarda dos dados", diz ele.

"Estamos conversando com Minicom e Anatel para viabilizar a guarda dos dados no Brasil e o que é principal, como assegurar que a intimidade e a privacidade não possam ser violadas de maneira nenhuma, ainda que autorizadas por leis estrangeiras. Essa é uma grande preocupação nossa", disse ele durante a audiência.

O secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, voltou a defender essa tese. "É fundamental que empresas que exerçam atividade econômica no Brasil deem garantias de obediência às leis brasileiras, e manter os dados em território nacional é fundamental", disse ele.

Martinhão reconhece que esse é um assunto que demandará muito mais regulamentação. "Não é um assunto que se esgota no Marco Civil, mas tem que começar por ai. Depois, precisaremos detalhar isso, mas não pode ficar de fora", disse o secretário.

O detalhamento envolveria a questão da replicabilidade de dados, condições para que se caracterize a atividade econômica no Brasil, o tipo de informação a ser armazenada e, obviamente, as sanções possíveis em caso de descumprimento.

O Ministério da Justiça parece estar no mesmo tom: "o Marco Civil tem como foco não setores de mercado. O foco é a preservação do sigilo, privacidade e intimidade do usuário, e no caráter democrático e dinâmico da Internet. A questão da segurança precisará depois descer a um nível mais técnico".

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