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Justiça deve barrar Lula em disputa presidencial, prevê PT

O PT diz que a candidatura do ex-presidente é "irreversível", mas, na realidade, há a percepção de que a Justiça dificilmente permitirá que Lula concorra

Lula: Próximos ao ex-presidente sugerem que ele dedique o restante de 2017 para elaborar programa de governo (Leonardo Benassatto/Reuters)

Lula: Próximos ao ex-presidente sugerem que ele dedique o restante de 2017 para elaborar programa de governo (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de setembro de 2017 às 11h04.

Última atualização em 25 de setembro de 2017 às 10h19.

Brasília - Oficialmente o PT diz que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "irreversível" e "irrevogável". A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que, mesmo que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) ratifique a condenação, Lula pode recorrer às instâncias superiores. Na realidade, no entanto, a percepção de que a Justiça dificilmente permitirá que Lula concorra pela sexta vez à Presidência é cada vez maior.

Algumas semanas atrás, um colaborador próximo do ex-presidente chegou a sugerir que, diante da indefinição do cenário, Lula dedique o restante de 2017 para elaborar um bom programa de governo e deixe para o ano que vem a definição sobre o candidato.

O "conselheiro" ponderou outros fatores além do cerco fechado pela Lava Jato, como as incertezas sobre a reforma política e a judicialização da campanha. Mas, segundo pessoas próximas, a reação de Lula foi "extremamente negativa".

Na semana passada, em conversa com deputados estaduais do PT, o advogado Pedro Serrano, referência jurídica da esquerda, disse que, embora considere Lula inocente, acredita que o Judiciário sofre forte influência política e, portanto, a probabilidade maior é de que a condenação seja mantida. Mas também lembrou a possibilidade de recursos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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