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Justiça decreta nova prisão preventiva de doleiro

Alberto Youssef foi preso em São Luís (MA), dia 17 de março, por conta das investigações da Operação Lava Jato


	Mão segurando notas de dólares: nova ordem de prisão contra o doleiro não tem relação com a Lava Jato, mas com outra acusação
 (Stock.xchng)

Mão segurando notas de dólares: nova ordem de prisão contra o doleiro não tem relação com a Lava Jato, mas com outra acusação (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 21h05.

São Paulo - A Justiça Federal decretou nova prisão preventiva do doleiro Alberto Youssef. Alvo maior da Operação Lava Jato, investigação sobre lavagem de dinheiro que pode ter alcançado R$ 10 bilhões, Youssef foi preso em São Luís (MA), dia 17 de março. A nova ordem de prisão não tem relação com a Lava Jato, mas com outra acusação.

No último domingo, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, mandou soltar todos os acusados da Lava Jato, inclusive o doleiro. Mas recuou depois que a Justiça Federal no Paraná o alertou sobre o risco de fuga de Youssef, que teria "contas milionárias no exterior". Os processos antigos de Youssef que estavam suspensos voltaram a correr, já que ele teria quebrado o acordo de delação premiada pelo retorno à atividade criminosa. O doleiro fez delação premiada em 2003 no âmbito do caso Banestado, evasão de US$ 30 bilhões nos anos 1990.

A pedido do Ministério Público Federal - petição subscrita por cinco Procuradores da República -, a Justiça Federal decretou nesta quarta feira uma nova prisão preventiva do doleiro. O caso envolve crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas e corrupção ativa. Segundo a acusação, Alberto Youssef teria, entre janeiro de 1998 a agosto de 1999, aberto, em agências bancárias em Londrina, 43 contas em nome de "pessoas interpostas" e movimentado R$ 345, 97 milhões.

Ainda segundo a acusação, as contas seriam utilizadas para a realização de operações dólar cabo, ou seja, transferências internacionais fraudulentas. Também segundo a denúncia, Alberto Youssef, para utilizar as contas, pagaria vantagem indevida a gerente do Banestado em agência de Londrina. Alberto Youssef confessou os crimes.

A prisão preventiva foi decretada diante dos indícios de que Youssef retomou suas atividades criminosas "de modo profissional e habitual" e a fim de prevenir a prática de novos crimes. Como o caso não se insere na Operação Lava Jato, a ação penal tramitará no primeiro grau de jurisdição, sem remessa ao STF. O mandado de prisão já foi cumprido. Como o caso não está no âmbito da operação, a Justiça Federal não terá que remeter os autos ao Supremo.

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