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Justiça de São Paulo prorroga prisão de 3 fiscais

Auditores devem continuar na carceragem do 77º Distrito Policial (DP), em Santa Cecília, região central da capital


	Prédios de São Paulo: esquema é suspeito de desviar até R$ 500 milhões dos cofres da Prefeitura da capital paulista
 (Germano Lüders/EXAME)

Prédios de São Paulo: esquema é suspeito de desviar até R$ 500 milhões dos cofres da Prefeitura da capital paulista (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2013 às 18h19.

São Paulo - A Justiça de São Paulo decidiu aceitar nesta sexta-feira, 1, pedido de prorrogação da prisão temporária de três dos quatro auditores fiscais presos na quarta-feira, 30, em operação do Ministério Público Estadual (MPE) e da Controladoria-Geral do Município que desmontou um esquema suspeito de desviar até R$ 500 milhões dos cofres da Prefeitura da capital paulista. Eles devem continuar na carceragem do 77º Distrito Policial (DP), em Santa Cecília, região central da capital.

"A prisão temporária de três deles foi prorrogada por mais cinco dias, então teremos a semana que vem para fazer as oitivas com mais calma", disse o promotor Roberto Bodini, um dos encarregados da investigação. Já o fiscal Luís Alexandre Cardoso Magalhães, o quarto funcionário público preso, poderá ser solto porque concordou em colaborar com as investigações. "Formalizamos o termo da delação premiada do Luís e como ele colaborou na produção da prova nós não pedimos a prorrogação. Se ele colaborar com todos os termos, a Justiça determina que ele pode ter desconto na pena e a prisão temporária revogada", disse Bodini.

A investigação aponta que ao menos cinco empresas participaram do esquema. Nesta sexta-feira, representantes da Brookfield, uma das citadas, afirmaram que pagaramu R$ 4,1 milhão de propina aos fiscais entre 2009 e 2012. O advogado de Magalhães, Mário Ricca, disse que um pedido para revogação da prisão do fiscal já foi enviado à Justiça, que poderia analisá-lo ainda nesta sexta-feira.

O Ministério Público e a Controladoria-Geral têm uma lista que inclui funcionários públicos municipais e outras pessoas para serem ouvidas antes de os presos serem liberados. A prisão dos três, além de deixar os suspeitos disponíveis para interrogatórios, serve também para evitar a destruição de eventuais provas que liguem mais suspeitos ao esquema.

O MPE tenta oferecer delação premiada aos demais fiscais. Outro fiscal preso, Carlos di Lallo Leite do Amaral, seria ouvido na tarde de hoje. "Eu pretendia ouvir o Carlos Di Lallo, mas o advogado não apareceu porque não tinha sido avisado, e sem a presença da defesa técnica, ele preferiu não se manifestar, nem informalmente", afirmou o promotor.

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