Exame Logo

Justiça autoriza reintegração de posse do Centro Paula Souza

A ordem de reintegração foi expedida no último domingo (1º) pelo juiz Fernão Borba Franco, da 14ª Vara da Fazenda Pública

Ocupação: a reintegração foi autorizada depois que uma audiência de conciliação terminou sem acordo (Rovena Rosa/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 20h00.

O juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da Central de Mandados do Fórum Hely Lopes Meirelles, determinou que a reintegração de posse do Centro Paula Souza (CPS), órgão responsável por administrar o ensino técnico em São Paulo , seja cumprida amanhã (4).

A ordem de reintegração foi expedida no último domingo (1º) pelo juiz Fernão Borba Franco, da 14ª Vara da Fazenda Pública.

A reintegração foi autorizada depois que uma audiência de conciliação entre estudantes, Ministério Público, Defensoria Pública e representantes do governo de São Paulo terminou sem acordo.

Para que a reintegração de posse seja cumprida, no entanto, o juiz estabeleceu cinco regras, que devem ser respeitadas integralmente durante a desocupação.

Pires proibiu, por exemplo, que a Polícia Militar utilize armas, letais ou não, inclusive cassetetes e balas de borracha ou gás de pimenta; e exigiu que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, esteja presente na ação.

Além disso, Pires determinou que um oficial de Justiça e um representante do Conselho Tutelar acompanhem a reintegração e que uma cópia da decisão da 14ª Vara seja apresentada.

De acordo com a decisão judicial desta quarta-feira, os estudantes terão o prazo até as 7h de amanhã (5) para deliberar se desocuparão o prédio de forma pacífica.

Caso decidam sair voluntariamente, terão até as 9h para deixar o local. No entanto, se decidirem permanecer, a PM está autorizada a cumprir o mandado de reintegração de posse a partir das 10h.

Se às 10h alguma das cinco regras estabelecidas pelo juiz não puder ser cumprida, como por exemplo, se o secretário não puder comparecer ao local, a ação fica suspensa e deve ser retomada às 14h.

Caso todas as regras não possam ser observadas no novo horário, o pedido de reintegração voltará para o Tribunal de Justiça para nova deliberação.

Mobilização mantida

Na saída da audiência de hoje, os alunos não falaram com jornalistas, mas apresentaram um jogral em que anunciaram que a mobilização será mantida.

“O governo continuará deixando os estudantes da rede pública passando fome. Todas as propostas de conciliação mantinham a nossa fome. Portanto, não houve acordo. A reintegração de posse continua [marcada] para amanhã, às 10h. Mas conseguimos que a polícia não fosse utilizar nenhum tipo de armamento. Nossa luta pela merenda não acabará depois da desocupação de amanhã. Ela continuará firme e forte até o último estudante ter o direito de se alimentar dignamente na escola”, cantaram os estudantes, ressaltando que farão novas ocupações e manifestações.

“É um direito deles continuarem mobilizados. Mas abrimos espaço para negociação. O secretário de Desenvolvimento Econômico irá recebê-los amanhã, às 10h, na secretaria, para iniciar a negociação”, disse o chefe de gabinete do CPS, Luis Carlos Quadrelli, no fim da reunião.

A ocupação

O Centro Paula Souza foi ocupado na última quinta-feira (28). No domingo, a Justiça paulista determinou a reintegração de posse do prédio.

No entanto, apesar da decisão do juiz da 14ª Vara ter sido favorável ao pedido de reintegração de posse do governo, o processo ainda não tinha chegado ao juiz da execução de mandados quando a Polícia Militar decidiu executar a reintegração.

A ação foi considerada ilegal e suspensa pela Justiça, que marcou a tentativa de conciliação para hoje.

Os estudantes protestam contra cortes na merenda e denúncias de corrupção nos contratos de alimentação escolar.

Veja também

O juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da Central de Mandados do Fórum Hely Lopes Meirelles, determinou que a reintegração de posse do Centro Paula Souza (CPS), órgão responsável por administrar o ensino técnico em São Paulo , seja cumprida amanhã (4).

A ordem de reintegração foi expedida no último domingo (1º) pelo juiz Fernão Borba Franco, da 14ª Vara da Fazenda Pública.

A reintegração foi autorizada depois que uma audiência de conciliação entre estudantes, Ministério Público, Defensoria Pública e representantes do governo de São Paulo terminou sem acordo.

Para que a reintegração de posse seja cumprida, no entanto, o juiz estabeleceu cinco regras, que devem ser respeitadas integralmente durante a desocupação.

Pires proibiu, por exemplo, que a Polícia Militar utilize armas, letais ou não, inclusive cassetetes e balas de borracha ou gás de pimenta; e exigiu que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, esteja presente na ação.

Além disso, Pires determinou que um oficial de Justiça e um representante do Conselho Tutelar acompanhem a reintegração e que uma cópia da decisão da 14ª Vara seja apresentada.

De acordo com a decisão judicial desta quarta-feira, os estudantes terão o prazo até as 7h de amanhã (5) para deliberar se desocuparão o prédio de forma pacífica.

Caso decidam sair voluntariamente, terão até as 9h para deixar o local. No entanto, se decidirem permanecer, a PM está autorizada a cumprir o mandado de reintegração de posse a partir das 10h.

Se às 10h alguma das cinco regras estabelecidas pelo juiz não puder ser cumprida, como por exemplo, se o secretário não puder comparecer ao local, a ação fica suspensa e deve ser retomada às 14h.

Caso todas as regras não possam ser observadas no novo horário, o pedido de reintegração voltará para o Tribunal de Justiça para nova deliberação.

Mobilização mantida

Na saída da audiência de hoje, os alunos não falaram com jornalistas, mas apresentaram um jogral em que anunciaram que a mobilização será mantida.

“O governo continuará deixando os estudantes da rede pública passando fome. Todas as propostas de conciliação mantinham a nossa fome. Portanto, não houve acordo. A reintegração de posse continua [marcada] para amanhã, às 10h. Mas conseguimos que a polícia não fosse utilizar nenhum tipo de armamento. Nossa luta pela merenda não acabará depois da desocupação de amanhã. Ela continuará firme e forte até o último estudante ter o direito de se alimentar dignamente na escola”, cantaram os estudantes, ressaltando que farão novas ocupações e manifestações.

“É um direito deles continuarem mobilizados. Mas abrimos espaço para negociação. O secretário de Desenvolvimento Econômico irá recebê-los amanhã, às 10h, na secretaria, para iniciar a negociação”, disse o chefe de gabinete do CPS, Luis Carlos Quadrelli, no fim da reunião.

A ocupação

O Centro Paula Souza foi ocupado na última quinta-feira (28). No domingo, a Justiça paulista determinou a reintegração de posse do prédio.

No entanto, apesar da decisão do juiz da 14ª Vara ter sido favorável ao pedido de reintegração de posse do governo, o processo ainda não tinha chegado ao juiz da execução de mandados quando a Polícia Militar decidiu executar a reintegração.

A ação foi considerada ilegal e suspensa pela Justiça, que marcou a tentativa de conciliação para hoje.

Os estudantes protestam contra cortes na merenda e denúncias de corrupção nos contratos de alimentação escolar.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEducaçãoEnsino públicoGeraldo AlckminGovernadoresMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosProtestosProtestos no Brasilsao-paulo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame