Exame Logo

Julgamento do mensalão será retomado com réus do Banco Rural

Ao longo do dia, o julgamento prosseguirá com a defesa dos réus que pertenceriam ao chamado núcleo financeiro – acusado de viabilizar empréstimos fraudulentos

O primeiro advogado a apresentar considerações será Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça (Ricardo Stuckert/Presidência da República)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 20h06.

Brasília – O julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal ( STF ) será retomado hoje (8), a partir das 14h, em mais uma etapa para as defesas de cinco réus. O primeiro advogado a apresentar considerações será Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça. Bastos representa José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural, que responde pelos crimes de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas.

O ex-ministro disse que na sua apresentação vai apontar vários questionamentos técnicos sobre a atuação do Ministério Público Federal (MPF). Bastos rebate alguns pontos apresentados pelo MPF. Referência para advogados, desde o começo do julgamento, no dia 2, ele tem sido presença constante no Supremo e geralmente está cercado por jornalistas e jovens advogados.

Bastos levanta dúvidas sobre o fato de a Procuradoria-Geral da República insistir em usar provas colhidas nas comissões parlamentares mistas de Inquérito durante o processo na Suprema Corte, mesmo que elas tenham sido desmentidas no curso da ação penal. Há precedentes no STF que impedem esse tipo de conduta.

O ex-ministro é apontado como um dos autores da tese de que o dinheiro do mensalão na verdade é caixa 2. Esse argumento tem sido usado por vários advogados.

Foi Bastos que apresentou a questão de ordem no primeiro dia do julgamento para que o processo fosse desmembrado. O pedido atrasou em um dia o cronograma previsto. Mesmo com a negativa do plenário, Bastos recebeu vários elogios dos ministros.

Ao longo do dia, o julgamento prosseguirá com a defesa dos réus que pertenceriam ao chamado núcleo financeiro – acusado de viabilizar empréstimos fraudulentos para distribuir dinheiro aos políticos.

Vinícius Samarane, diretor do Banco Rural, responde por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisão, e será defendido por José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça. Também está entre os réus a executiva do Banco Rural Ayanna Tenório, cuja defesa será feita na tarde de hoje por Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, e que responde por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A última etapa do quinto dia de julgamento será dedicada à defesa de políticos. Luiz Gushiken, ex-ministro de Comunicação Social, será defendido por José Roberto Leal de Carvalho, que reforçará o argumento de que seu cliente é inocente da acusação de peculato. A absolvição dele já foi pedida pelo Ministério Público por falta de provas. Já o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), defendido pelo criminalista Alberto Toron, responde por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato.

Veja também

Brasília – O julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal ( STF ) será retomado hoje (8), a partir das 14h, em mais uma etapa para as defesas de cinco réus. O primeiro advogado a apresentar considerações será Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça. Bastos representa José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural, que responde pelos crimes de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas.

O ex-ministro disse que na sua apresentação vai apontar vários questionamentos técnicos sobre a atuação do Ministério Público Federal (MPF). Bastos rebate alguns pontos apresentados pelo MPF. Referência para advogados, desde o começo do julgamento, no dia 2, ele tem sido presença constante no Supremo e geralmente está cercado por jornalistas e jovens advogados.

Bastos levanta dúvidas sobre o fato de a Procuradoria-Geral da República insistir em usar provas colhidas nas comissões parlamentares mistas de Inquérito durante o processo na Suprema Corte, mesmo que elas tenham sido desmentidas no curso da ação penal. Há precedentes no STF que impedem esse tipo de conduta.

O ex-ministro é apontado como um dos autores da tese de que o dinheiro do mensalão na verdade é caixa 2. Esse argumento tem sido usado por vários advogados.

Foi Bastos que apresentou a questão de ordem no primeiro dia do julgamento para que o processo fosse desmembrado. O pedido atrasou em um dia o cronograma previsto. Mesmo com a negativa do plenário, Bastos recebeu vários elogios dos ministros.

Ao longo do dia, o julgamento prosseguirá com a defesa dos réus que pertenceriam ao chamado núcleo financeiro – acusado de viabilizar empréstimos fraudulentos para distribuir dinheiro aos políticos.

Vinícius Samarane, diretor do Banco Rural, responde por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisão, e será defendido por José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça. Também está entre os réus a executiva do Banco Rural Ayanna Tenório, cuja defesa será feita na tarde de hoje por Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, e que responde por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A última etapa do quinto dia de julgamento será dedicada à defesa de políticos. Luiz Gushiken, ex-ministro de Comunicação Social, será defendido por José Roberto Leal de Carvalho, que reforçará o argumento de que seu cliente é inocente da acusação de peculato. A absolvição dele já foi pedida pelo Ministério Público por falta de provas. Já o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), defendido pelo criminalista Alberto Toron, responde por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato.

Acompanhe tudo sobre:Banco RuralBancosBancos quebradosCorrupçãoEmpresasEscândalosFraudesJustiçaMensalãoPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame