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Julgamento do caso Amarildo começa com atraso

Na sessão, serão ouvidas algumas das 19 testemunhas arroladas pelo Ministério Público, maioria delas policiais da Divisão de Homicídios que investigaram o caso


	Protestos por Amarildo: ele está desaparecido desde a noite de 14 de julho do ano passado
 (Fernando Frazão/ABr)

Protestos por Amarildo: ele está desaparecido desde a noite de 14 de julho do ano passado (Fernando Frazão/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 15h45.

Rio - Começou com meia hora de atraso, às 14h30 desta quinta-feira, 20, a primeira sessão da audiência de instrução e julgamento do processo em que 25 policiais militares são acusados pela morte e ocultação do cadáver do pedreiro Amarildo Souza, de 43 anos, desaparecido na favela da Rocinha (zona sul) em julho do ano passado.

Nesta primeira sessão, serão ouvidas algumas das 19 testemunhas arroladas pelo Ministério Público, a maioria delas policiais da Divisão de Homicídios (DH) que investigaram o caso. Além dos agentes, foi convocada Elisabeth Gomes de Souza, mulher de Amarildo.

A primeira testemunha que irá prestar depoimento é o delegado Rivaldo Barbosa, titular da DH.

"Não tenho mais esperanças de encontrar Amarildo vivo. Mas, pelo menos, queria achar os restos mortais para poder enterrá-lo", disse Elisabeth, pouco antes de entrar no Fórum, no centro do Rio, acompanhada por um de seus filhos, Anderson.

O processo tramita na 35ª Vara Criminal. Não foi permitida a entrada de jornalistas na sala de audiências. 

O corredor do quarto andar do Fórum está com a segurança reforçada, para evitar tumultos. As oitivas das 20 testemunhas de defesa serão tomadas em outra sessão, que ainda não tem data marcada.

Amarildo está desaparecido desde a noite de 14 de julho do ano passado, quando foi conduzido de sua casa à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, na parte alta da favela, "para averiguação". O corpo jamais foi localizado.

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