Acompanhe:

STF julga nesta terça-feira pedido de habeas corpus de Lula

Defesa alega que a prisão do ex-presidente foi arbitrária e imparcial por parte do juiz Sérgio Moro, que aceitou cargo de ministro no governo Bolsonaro

Modo escuro

Continua após a publicidade
Lula: ex-presidente está preso desde 7 de abril, em Curitiba (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Lula: ex-presidente está preso desde 7 de abril, em Curitiba (Patricia Monteiro/Bloomberg)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às, 12h49.

Última atualização em 4 de dezembro de 2018 às, 15h35.

Brasília — A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta terça-feira um novo habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato.

A sessão não será transmitida ao vivo. No pedido, os advogados do petista querem a anulação dos atos do ex-juiz Sérgio Moro, que condenou Lula no caso do triplex de Guarujá (SP).

Apresentado no início de novembro, o processo de Lula pede que seja reconhecida a suposta "perda da imparcialidade" de Moro, anulando-se todos os atos do então magistrado no caso do triplex e em outras ações penais que miram o ex-presidente.

Caso seja atendido, o pedido resultaria na liberdade do petista. Na semana passada, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo a rejeição ao pedido.

Embora outros pedidos de liberdade tenham sido rejeitados, a defesa de Lula entrou com um novo habeas corpus no STF depois que Moro aceitou convite para ser ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

Para os advogados do ex-presidente, Moro agiu no caso de Lula "movido por interesses pessoais e estranhos à atividade jurisdicional, revelando, ainda, inimizade pessoal" com o ex-presidente.

"Lula está sendo vítima de verdadeira caçada judicial entabulada por um agente togado que se utilizou indevidamente de expedientes jurídicos para perseguir politicamente um cidadão", sustentam os defensores do ex-presidente.

O relator do caso é o ministro Edson Fachin, responsável pelos casos da Lava Jato na Corte. A Segunda Turma, chamada nos corredores do Supremo de "Jardim do Édem" por ter entendimentos que favoreceram réus da operação em ocasiões anteriores, mudou recentemente de composição. A mudança foi gerada pela saída do ministro Dias Toffoli, agora presidente do Supremo.

Quem entrou no seu lugar foi a ministra Cármen Lúcia. Além de Cármen e Fachin, também compõem a Segunda Turma os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello, decano da Corte.

Caso

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) condenou Lula a 12 anos e um mês de prisão no caso do "tríplex do Guarujá", pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Com base nessa condenação, Lula foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e teve o registro de sua candidatura negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 1º de setembro.

Últimas Notícias

Ver mais
Em aceno a militares, Lula diz que tem 'carinho' pelas Forças Armadas
Brasil

Em aceno a militares, Lula diz que tem 'carinho' pelas Forças Armadas

Há 20 horas

Macron quer parceria tecnológica com Brasil para desenvolver 1º submarino nuclear da América Latina
Brasil

Macron quer parceria tecnológica com Brasil para desenvolver 1º submarino nuclear da América Latina

Há 20 horas

Seis anos depois, STF volta a debater alcance do foro privilegiado e avalia novos critérios
Brasil

Seis anos depois, STF volta a debater alcance do foro privilegiado e avalia novos critérios

Há 20 horas

Pacheco diz que PEC das drogas será votada no senado após feriado da páscoa
Brasil

Pacheco diz que PEC das drogas será votada no senado após feriado da páscoa

Há 20 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais