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Juiz pede abertura de inquérito disciplinar sobre Costa Neto

Juiz determinou que Subsecretaria do Sistema Penitenciário intensifique fiscalização do cumprimento de condições do benefício de trabalho externo concedido

Valdemar Costa Neto: defesa afirmou que encontro com lideranças do partido ocorreu na hora de almoço para tratar de pagamento da multa a que ex-deputado foi condenado (Leonardo Prado/Câmara dos Deputados)
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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 19h53.

Brasília - A Vara de Execuções Penais (VEP) determinou hoje (8) que o sistema prisional do Distrito Federal abra inquérito disciplinar para apurar a conduta do ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, um dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão , que cumprem pena em Brasília.

Na decisão, o juiz Vinicius Santos Silva também determinou que a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), órgão do governo do Distrito Federal responsável pela gestão dos presídios, intensifique a fiscalização do cumprimento das condições do benefício de trabalho externo concedido ao ex-deputado.

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Na semana passada, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu que a administração dos presídios investigue se condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, burlaram regras do benefício de trabalho externo.

De acordo com reportagem divulgada na terça-feira (1º) pelo jornal Folha de S.Paulo, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado a sete anos e dez meses de prisão , reuniu-se com dois deputados do PR, no restaurante industrial onde foi autorizado a trabalhar, além de ter ido a uma consulta médica e ter passado no drive thru de uma lanchonete.

Em nota divulgada à imprensa, a defesa de Costa Neto afirmou que o encontro com lideranças do partido ocorreu no horário de almoço para tratar do pagamento da multa a que o ex-deputado foi condenado a pagar no processo.

“O senhor Valdemar Costa Neto não desobedeceu às regras previstas para conduta de presos em semiaberto, uma vez que visitou médico por meio de autorização expressa, sem que se afastasse do trajeto que liga o consultório médico ao local onde o preso cumpre pena. Costa Neto, inclusive, decidiu parar no drive thru para comprar sanduíche, sem descer do carro que o levava, consumindo o alimento a caminho do CPP, uma vez que chegaria depois do horário em que o jantar é servido pelo sistema carcerário”, acrescentou a defesa.

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