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José Dirceu já entregou passaporte no STF

Além de José Dirceu, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, o advogado Rogério Tolentino, o ex-deputado Pedro Corrêa e o ex-assessor João Cláudio Genu protocolaram os documentos de viagem no STF

O ex-ministro José Dirceu em uma coletiva de imprensa em Brasília (Jamil Bittar/Reuters)

O ex-ministro José Dirceu em uma coletiva de imprensa em Brasília (Jamil Bittar/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 16h33.

Brasília - O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e mais quatro condenados por envolvimento com o mensalão já entregaram seus passaportes no Supremo Tribunal Federal (STF). Eles atenderam a uma determinação do relator do processo, Joaquim Barbosa, para que fossem apreendidos os documentos dos 25 réus considerados culpados pelo STF.

Além de José Dirceu, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, o advogado Rogério Tolentino, o ex-deputado Pedro Corrêa e o ex-assessor João Cláudio Genu protocolaram os documentos de viagem no STF. Outros 20 réus condenados, entre os quais o ex-presidente do PT José Genoino, também precisam entregar o documento.

O prazo para que obedeçam à determinação do Supremo é de 24 horas após a intimação da decisão de Joaquim Barbosa que determinou a apreensão dos passaportes, inclusive os estrangeiros. Os réus ainda não foram intimados e, portanto, o prazo não começou a contar.

No despacho, Joaquim Barbosa fez críticas ao comportamento de alguns réus. "Uns (réus), por terem realizado viagens ao exterior nesta fase final do julgamento. Outros, por darem a impressão de serem pessoas fora do alcance da lei, a ponto de, em atitude de manifesta afronta a este Supremo Tribunal Federal, qualificar como 'política' a árdua, séria, imparcial e transparente atividade jurisdicional a que vem se dedicando esta Corte, desde o dia 2 de agosto último", disse.

Em resposta à decisão, José Dirceu publicou em seu blog na quinta-feira que o despacho de Joaquim Barbosa "é puro populismo jurídico e uma séria violação aos direitos dos réus ainda não condenados". Para o ex-ministro da Casa Civil, a decisão "é tentativa de intimidar os réus, cercear o direito de defesa e expor os demais ministros ao clamor popular".

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