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Jornadas Mundiais da Juventude estão mantidas em julho

O evento será mantido, e será encabeçado pelo sucessor de Bento XVI


	Bento XVI: "O próprio Bento XVI sempre disse que a Jornada Mundial da Juventude será realizada no Rio por ele ou por seu sucessor", disse arcebispo do Rio, Orani Tempesta.
 (Andreas Solaro/AFP)

Bento XVI: "O próprio Bento XVI sempre disse que a Jornada Mundial da Juventude será realizada no Rio por ele ou por seu sucessor", disse arcebispo do Rio, Orani Tempesta. (Andreas Solaro/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2013 às 17h17.

Rio de Janeiro - A Arquidiocese do Rio de Janeiro manterá a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de 23 a 28 de julho, apesar do anúncio inesperado da renúncia do Papa Bento XVI.

"As Jornadas serão mantidas, a demissão do Papa não altera nada", declarou à AFP Adionel da Cunha, porta-voz da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

O arcebispo do Rio, Orani Tempesta, também confirmou que, apesar da renúncia do Papa, o evento será mantido, e será encabeçado pelo sucessor de Bento XVI.

"O próprio Bento XVI sempre disse que a Jornada Mundial da Juventude será realizada no Rio por ele ou por seu sucessor. Rezamos pela saúde do Papa, assim como pela de todos os idosos e enfermos neste dia de Nossa Senhora de Lourdes", assinalou Tempesta, citado pelo site G1.

"Não se considera uma eventual ausência do Papa nas JMJ", insistiu. "É tradição que os Papa assistam, mesmo depois de uma mudança recente", explicou.


O Brasil é o país com mais católicos no mundo, com 123,3 milhões em seu 194 milhões de habitantes (64,6% de sua população), segundo dados oficiais.

Para as JMJ está prevista a participação de dois milhões de jovens de todo o mundo.

A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), por sua vez, destacou nesta segunda-feira a "humildade e grandeza" do Papa Bento XVI ao anunciar sua renúncia por falta de forças.

"Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado", afirmou a CNBB em um comunicado difundido em seu site.

Vários bispos brasileiros reagiram com surpresa e dor à notícia da renúncia e a consideram um "ato de coragem".

"Não é comum a renúncia de um Papa. Geralmente, eles permanecem no cargo, ainda que com a saúde debilitada", declarou Tempesta ao site G1.


"Por isso, creio que foi um ato de coragem, por entender que, com tantas novas exigências na atual sociedade, teria de ser diferente", acrescentou.

O arcebispo emérito de São Paulo, Claudio Hummes, afirmou que este é um momento para que a Igreja católica "agradeça a Deus este grande pontificado de Bento XVI".

O cardeal Hummes, considerado um dos cinco 'papáveis' brasileiros, assinalou, além disso, que a escolha de um novo Papa "não é como nas eleições políticas", porque, apesar de os cardeais conversarem entre si, não há grupos de candidatos, segundo um comunicado da Arquidiocese de São Paulo.

A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), o país com mais católicos do mundo (123,3 milhões), ainda não emitiu uma reação oficial à renúncia.

"A decisão do Papa Bento XVI está prevista no direito canônico. A

aceitamos com dor no coração, mas entendemos e aceitamos o desejo do Santo Padre", declarou Darci Nicioli, bispo auxiliar da Arquiodicese de Aparecida, onde se encontra o Santuário de Nossa Senhora de Aparecida.

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