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Joice Hasselmann diz que Bolsonaro tem "ciuminho" de sua relação com Doria

Líder do governo no Congresso afirmou que apesar de carinho por governador, seu coração "foi conquistado pelo PSL e pelo presidente"

Joice Hasselmann e Doria: deputada disse conhecer governador antes do PSL (Valter Campanato/Agência Brasil)

Joice Hasselmann e Doria: deputada disse conhecer governador antes do PSL (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de setembro de 2019 às 21h17.

Última atualização em 4 de setembro de 2019 às 21h28.

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), classificou como "ciuminho" a fala do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de que a parlamentar está "com um pé em cada canoa", referindo-se à aproximação dela com o governador paulista, João Doria (PSDB). "É ciuminho", disse Joice quando questionada sobre o tema por jornalistas nesta quarta-feira, 4.

Ela afirmou que conheceu Doria "antes do PSL" e antes de conhecer o presidente. "Independentemente do meu carinho pelo governador João Doria, meu coração foi conquistado pelo PSL e pelo presidente Bolsonaro. De vez em quando rola um ciuminho e é absolutamente normal", disse Joice.

Cotada para ser candidata pelo PSL à Prefeitura de São Paulo, Joice afirmou que a decisão de concorrer ou não depende, entre outras coisas, da Executiva Nacional do partido e da vontade do presidente.

Apesar de reconhecer que se dá bem com Doria, ela destacou que tem problemas com integrantes do PSDB e que não quer que algum representante da sigla assuma a prefeitura.

"Hoje não há outra pessoa que tenha musculatura para se apresentar como candidata à Prefeitura de São Paulo. O meu medo é deixar São Paulo ou nas mãos do PSDB, no caso do Bruno Covas que já demonstrou que não tem capacidade de administrar São Paulo, ou de um candidato de esquerda. Márcio França (PSB) ou (Fernando) Haddad (PT) é a mesma coisa. Muda só a máscara, a política é a mesma", afirmou Joice.

"Se aparecer outra pessoa com musculatura para enfrentar esses candidatos e o presidente me liberar, que tem muito trabalho aqui, aí eu vou para esse sacrifício", concluiu.

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