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João de Deus já respondia a quatro inquéritos por abuso, diz delegado

Segundo autoridade, dois processos "estão em estágio avançado e o desfecho deverá ocorrer em breve"

João de Deus: líder religioso é acusado de abusos sexuais (Cesar Itiberê/Fotos Públicas)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 08h12.

Última atualização em 11 de dezembro de 2018 às 11h10.

Abadiânia (GO) - O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes de Almeida, informou que o médium João Teixeira de Farias, o João de Deus , já respondia a quatro inquéritos anteriores por denúncias de assédio e abuso sexual.

Ele disse que dois inquéritos foram instaurados em 2016 e outros dois foram abertos este ano, no mês de agosto. Ele confirmou que, em ao menos um dos inquéritos, o médium já foi ouvido.

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Em 2010, uma ação foi aberta na comarca de Abadiânia pelo Ministério Público local. Segundo os autos, uma mulher relatou ter sofrido abuso sexual durante o "tratamento espiritual".

O réu foi, contudo, considerado inocente, pois a vítima sofria de síndrome do pânico, o que não a permitiria "distinguir a fantasia da realidade" no que se refere às acusações, segundo o magistrado.

Marcella Orçai, delegada de Goiás, afirmou que dois processos, um de 2016 e outro aberto neste ano, "estão em estágio avançado e o desfecho deverá ocorrer em breve".

Marcella atribuiu a demora na investigação dos dois casos à "complexidade" da investigação e também à resistência em uma das vítimas em continuar o inquérito. "Não é uma tarefa fácil. Há todo um trabalho de convencimento", disse.

Questionado se houve demora na investigação da Polícia Civil, Meireles foi cuidadoso: "É preciso antes analisar o que foi identificado nos inquéritos abertos."

União

Nesta segunda-feira, 10, Polícia Civil e Ministério Público se reuniram para definir a estratégia conjunta de trabalho. Nesta terça, dia 11, deve haver nova reunião.

"A ideia é unir forças para que o caso seja elucidado da forma célere, ouvindo eventuais vítimas com a maior brevidade possível", disse o promotor Luciano Meireles.

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