Jaú registra 3 mil casos de dengue e sete mortes
Entre os doentes, estão 85 funcionários da Santa Casa de Jahu, incluindo 25 médicos, que deixaram o serviço para se tratar
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2014 às 22h29.
Araçatuba - Com 3 mil casos notificados janeiro até agora, a epidemia de dengue já matou sete pessoas em Jaú, no interior de São Paulo.
Entre os doentes, estão 85 funcionários da Santa Casa de Jahu, incluindo 25 médicos, que deixaram o serviço para se tratar, em alguns casos, da forma hemorrágica da doença.
O hospital, que é referência em 12 municípios da região, sente efeitos da epidemia, que desfalcou o corpo de médicos e enfermeiros e aumentou os gastos com pessoal.
De acordo com o centro médico, o afastamento dos 85 funcionários obrigou a sobrecarga de outros profissionais, que tiveram de trabalhar horas extras para suprir a falta dos colegas, causando um ônus de R$ 64 mil.
"Além disso, o nosso pronto-socorro, que geralmente atende cerca de 350 pessoas por dia, está atendendo 500 doentes por dia, por causa da epidemia", afirmou o chefe do pronto-socorro da Santa Casa, João Carlos Miranda de Almeida Prado.
Segundo ele, a situação é inédita. "Uma situação como essa nunca foi vista antes. Jaú vive uma grande epidemia de dengue, que realmente conturbou os atendimentos no pronto-socorro e no hospital de um modo geral", disse.
"Tivemos colegas que sofreram com a doença. A dengue afetou todas as classes sociais e conturbou o atendimento da saúde de modo em geral", completou Almeida Prado.
Além de aumentar filas nos serviços de saúde, a epidemia também causou desfalques no comércio e na indústria da cidade, cujos funcionários foram obrigados a pedir afastamento do trabalho.
"Estou voltando hoje, depois de uma semana. Ainda bem que meu patrão entendeu que eu não tinha condições de trabalhar", disse Orlando Rodrigues Souza, que trabalha em uma das fábricas de calçados do município.
Orlando perdeu um vizinho, de 67 anos, que morreu em 29 de abril. Além dele, a Secretaria de Saúde de Jaú confirmou outra morte nesta semana: de uma paciente de 46 anos, que morreu no dia 30.
No início de abril, outros três idosos tiveram a causa da morte confirmada pela doença. Em março, um homem de 58 anos já tinha morrido em consequência da doença. Até esta quarta-feira, 3.056 pessoas tinham sido contaminadas pela dengue no município.
Prevenção
A Prefeitura de Jaú, por meio da Secretaria de Saúde e do Departamento de Zoonose, informou que está atuando em vários bairros da cidade com os trabalhos de bloqueio de controle de criadouros e também de nebulização.
Segundo a Secretaria de Saúde, ainda há 174 pessoas que aguardam resultado do exame para dengue. Outras 190 receberam resultado negativo.
Araçatuba - Com 3 mil casos notificados janeiro até agora, a epidemia de dengue já matou sete pessoas em Jaú, no interior de São Paulo.
Entre os doentes, estão 85 funcionários da Santa Casa de Jahu, incluindo 25 médicos, que deixaram o serviço para se tratar, em alguns casos, da forma hemorrágica da doença.
O hospital, que é referência em 12 municípios da região, sente efeitos da epidemia, que desfalcou o corpo de médicos e enfermeiros e aumentou os gastos com pessoal.
De acordo com o centro médico, o afastamento dos 85 funcionários obrigou a sobrecarga de outros profissionais, que tiveram de trabalhar horas extras para suprir a falta dos colegas, causando um ônus de R$ 64 mil.
"Além disso, o nosso pronto-socorro, que geralmente atende cerca de 350 pessoas por dia, está atendendo 500 doentes por dia, por causa da epidemia", afirmou o chefe do pronto-socorro da Santa Casa, João Carlos Miranda de Almeida Prado.
Segundo ele, a situação é inédita. "Uma situação como essa nunca foi vista antes. Jaú vive uma grande epidemia de dengue, que realmente conturbou os atendimentos no pronto-socorro e no hospital de um modo geral", disse.
"Tivemos colegas que sofreram com a doença. A dengue afetou todas as classes sociais e conturbou o atendimento da saúde de modo em geral", completou Almeida Prado.
Além de aumentar filas nos serviços de saúde, a epidemia também causou desfalques no comércio e na indústria da cidade, cujos funcionários foram obrigados a pedir afastamento do trabalho.
"Estou voltando hoje, depois de uma semana. Ainda bem que meu patrão entendeu que eu não tinha condições de trabalhar", disse Orlando Rodrigues Souza, que trabalha em uma das fábricas de calçados do município.
Orlando perdeu um vizinho, de 67 anos, que morreu em 29 de abril. Além dele, a Secretaria de Saúde de Jaú confirmou outra morte nesta semana: de uma paciente de 46 anos, que morreu no dia 30.
No início de abril, outros três idosos tiveram a causa da morte confirmada pela doença. Em março, um homem de 58 anos já tinha morrido em consequência da doença. Até esta quarta-feira, 3.056 pessoas tinham sido contaminadas pela dengue no município.
Prevenção
A Prefeitura de Jaú, por meio da Secretaria de Saúde e do Departamento de Zoonose, informou que está atuando em vários bairros da cidade com os trabalhos de bloqueio de controle de criadouros e também de nebulização.
Segundo a Secretaria de Saúde, ainda há 174 pessoas que aguardam resultado do exame para dengue. Outras 190 receberam resultado negativo.