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Jardins registra segundo arrastão em menos de 24 h

Nos dois casos, os criminosos usaram armas como fuzis e metralhadoras e carros parecidos com os de moradores para entrar nos prédios


	Arrastão: sob a mira de armas, o porteiro indicou o apartamento da síndica, que foi rendida
 (Warren Little/Getty Images)

Arrastão: sob a mira de armas, o porteiro indicou o apartamento da síndica, que foi rendida (Warren Little/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 10h29.

São Paulo - Um edifício na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, quase esquina com a Alameda Santos, foi alvo de um arrastão na noite de domingo. Esse foi o segundo assalto do tipo registrado em menos de 24 horas na região dos Jardins, zona sul da capital paulista.

Nos dois casos, os criminosos usaram armas como fuzis e metralhadoras e carros parecidos com os de moradores para entrar nos prédios.

Por volta das 18h45 de domingo, um carro prata deu sinal de luz para entrar na garagem. O porteiro liberou a entrada, acreditando que o veículo pertencesse a uma moradora.

Ao observar pelo monitor que o carro não havia estacionado na vaga correta, o porteiro decidiu averiguar e foi rendido por homens armados.

Ele foi obrigado abrir o portão da garagem para mais três carros. Entre 12 a 15 homens desceram dos veículos, armados de metralhadoras, revólveres, pistolas e facas.

Sob a mira de armas, o porteiro indicou o apartamento da síndica, que foi rendida. Após roubarem seus pertences, ela foi obrigada a bater de porta em porta.

Quando os moradores abriam, eram rendidos pelos criminosos e tinham os cômodos revirados. Pelo menos cinco apartamentos foram invadidos.


A quadrilha conseguiu fugir com três carros após cerca de meia hora no local, levando o computador com as imagens de segurança do edifício. Um Honda Fit foi deixado na garagem e um carregador de pistolas foi encontrado nas escadarias.

Foram roubados iPods, celulares, relógios de pulso, e as quantias de US$ 3 mil e R$ 6,9 mil. Entre 3 mil euros e 5 mil euros também teriam sido levados. Ninguém sofreu qualquer tipo de violência.

O filho de um casal de moradores afirmou que o apartamento dos seus pais não foi invadido porque eles não estavam em casa. Segundo ele, todos os condôminos ficaram amedrontados e no final da tarde fariam uma reunião com o objetivo de incrementar a segurança do edifício.

"Aqui tem câmeras e porteiro 24 horas, mas não vejo nenhuma segurança treinada", disse. "Esse tipo de ação dá medo. Queremos aumentar a segurança já; eu fico preocupado pelos meus pais."

Na tarde da segunda-feira, a síndica estava muito abalada e não quis dar entrevista. Outro morador que estava entrando disse que estava com pressa e não quis comentar o caso.

Semelhanças. Na noite de sábado, um prédio na Alameda Jaú também sofreu um arrastão. Pelo menos nove dos 12 apartamentos foram invadidos em três horas.

Tanto no arrastão de sábado como no que ocorreu domingo, os bandidos levaram os computadores que continham as imagens de segurança dos edifícios. Os dois roubos são investigados pela 4.ª Delegacia de Investigações de Roubo a Condomínio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ninguém havia sido preso até a noite desta segunda.

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