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Janot pede ao STF para investigar Aécio e outros políticos

Pedido da Procuradoria-Geral da República tem como base delação do senador Delcídio do Amaral

Senador Aécio Neves (PSDB-MG) conversa no celular em Caracas, dia 18/06/2015 (Carlos Becerra / AFP)

Talita Abrantes

Publicado em 2 de maio de 2016 às 14h52.

São Paulo - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) uma série de pedidos para investigar políticos com base na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (ex-PT).

Entre os polítticos que podem virar alvos de inquérito estão o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva (PT-SP), o deputado Marco Maia (PT-RS) e  o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União, entre outros.

As informações são do G1 e do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com o site, os pedidos de abertura de investigação foram procolados na última sexta-feira, mas devem ser cadastradas no sistema apenas nesta segunda-feira.

As investigações ainda dependem de autorização do ministro Teori Zavascki, responsável pela Operação Lava Jato no âmbito do STF.

O que Delcídio diz contra Aécio

Se os pedidos forem acolhidos, o senador tucano será oficialmente investigado por envolvimento no esquema de corrupção em estatais.

Em sua delação premiada, Delcídio afirma que Aécio Neves recebeu propina de Furnas e que atuou para maquiar dados do Banco Rural   durante CPI Mista dos Correios, que investigou o esquema conhecido como mensalão.

Delcídio admite que "segurou a barra" para que não viesse à tona a movimentação financeira das empresas de Marcos Valério no Banco Rural que "atingiriam em cheio" o atual presidente do PSDB e o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). Segundo o senador ex-petista, o acordo foi fechado na sede do governo de Minas Gerais, entre 2005 e 2006, quando Aécio era governador do estado.

O que Delcídio diz contra Edinho Silva

Delcídio afirma que o atual ministro da Secretaria de Comunicação do governo, Edinho Silva (então tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff) o orientou a usar a empresa farmacêutica EMS para pagar dívidas de sua campanha ao estado do Mato Grosso do Sul nas eleições de 2014.

"Edinho Silva ligou ao depoente e disse para as empresas credoras apresentarem notas fiscais relacionadas às respectivas dívidas, figurando como tomadora de serviço a empresa EMS”, afirma o texto da delação.

No entando, as duas empresas para as quais Delcídio devia 1 milhão de reais (FSB e Black Ninja) desistiram de receber da EMS depois que surgiram denúncias de que a farmacêutica estava envolvida em escândalos.

Em tempo: Edinho Silva já é investigado na Lava Jato por suspeita de receber dinheiro da construtora UTC para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014.

O que Delcídio diz contra Marco Maia e Vital do Rêgo

De acordo com o depoimento de Delcídio, o deputado  Marco Maia e o então senador Vital do Rêgo cobravam pedágios durante a CPMI da Petrobras para "não convocar e 'evitar' maiores investigações contra Leo Pinheiro [ex-presidente da OAS], [o lobista] Júlio Camargo e Ricardo Pessoa [dono da UTC]", afirma a delação.

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Entre os polítticos que podem virar alvos de inquérito estão o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva (PT-SP), o deputado Marco Maia (PT-RS) e  o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União, entre outros.

As informações são do G1 e do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com o site, os pedidos de abertura de investigação foram procolados na última sexta-feira, mas devem ser cadastradas no sistema apenas nesta segunda-feira.

As investigações ainda dependem de autorização do ministro Teori Zavascki, responsável pela Operação Lava Jato no âmbito do STF.

O que Delcídio diz contra Aécio

Se os pedidos forem acolhidos, o senador tucano será oficialmente investigado por envolvimento no esquema de corrupção em estatais.

Em sua delação premiada, Delcídio afirma que Aécio Neves recebeu propina de Furnas e que atuou para maquiar dados do Banco Rural   durante CPI Mista dos Correios, que investigou o esquema conhecido como mensalão.

Delcídio admite que "segurou a barra" para que não viesse à tona a movimentação financeira das empresas de Marcos Valério no Banco Rural que "atingiriam em cheio" o atual presidente do PSDB e o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). Segundo o senador ex-petista, o acordo foi fechado na sede do governo de Minas Gerais, entre 2005 e 2006, quando Aécio era governador do estado.

O que Delcídio diz contra Edinho Silva

Delcídio afirma que o atual ministro da Secretaria de Comunicação do governo, Edinho Silva (então tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff) o orientou a usar a empresa farmacêutica EMS para pagar dívidas de sua campanha ao estado do Mato Grosso do Sul nas eleições de 2014.

"Edinho Silva ligou ao depoente e disse para as empresas credoras apresentarem notas fiscais relacionadas às respectivas dívidas, figurando como tomadora de serviço a empresa EMS”, afirma o texto da delação.

No entando, as duas empresas para as quais Delcídio devia 1 milhão de reais (FSB e Black Ninja) desistiram de receber da EMS depois que surgiram denúncias de que a farmacêutica estava envolvida em escândalos.

Em tempo: Edinho Silva já é investigado na Lava Jato por suspeita de receber dinheiro da construtora UTC para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014.

O que Delcídio diz contra Marco Maia e Vital do Rêgo

De acordo com o depoimento de Delcídio, o deputado  Marco Maia e o então senador Vital do Rêgo cobravam pedágios durante a CPMI da Petrobras para "não convocar e 'evitar' maiores investigações contra Leo Pinheiro [ex-presidente da OAS], [o lobista] Júlio Camargo e Ricardo Pessoa [dono da UTC]", afirma a delação.

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