Paschoal chora em comissão e assume papel de "libertadora"
Autora do pedido de impeachment, junto com Miguel Reale Júnir, Janaína Paschoal disse que quer ajudar a libertar "os nossos irmãos na América Latina"
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2016 às 06h51.
Brasília - Uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff , a advogada Janaína Paschoal se emocionou durante a comissão especial do Senado que avalia o processo de afastamento.
Ela também revelou seu desejo de ampliar sua "luta" pela América Latina e chamou os apoiadores de Dilma de "torturadores".
Janaína se comoveu na noite desta quinta-feira, 28, ao falar dos brasileiros que, segundo ela, foram desiludidos pelo governo da petista e perderam possibilidades sociais.
"Quando eles anunciaram o Fies, o Prouni, eu conheço pessoas muito simples que viram aquilo como uma possibilidade de o filho ter o que ela não teve", disse com a voz embargada e começou a chorar. "O filho poderia ter o que a mãe não teve", emendou.
"Eu já recebi pelo menos umas dez cartas de pessoas que iam para universidade pelo Fies e pelo Prouni e agora não vão poder continuar", relatou a professora.
Aceitando os elogios de senadores de oposição que a trataram como uma heroína, Janaína incorporou a figura e revelou seu desejo de estender sua ação política para outros países.
"Vou ajudar a libertar primeiro o Brasil e depois os nossos irmãos na América Latina. Estão pensando que eu vou parar por aqui?", disse ao criticar prisões políticas na Venezuela.
Ela aproveitou para atacar os movimentos sociais ligados à presidente Dilma Rousseff.
"Eu queria saber se alguém dos direitos humanos que apoia a presidente Dilma fala contra a prisão de Leopoldo Lopez na Venezuela. Porque eu me ressinto das torturas da presidente, mas eu me ressinto das torturas deles também", provocou.
"Eles gostam só de algumas ditaduras. Eles são ditadores. Eu sou democrata, sou republicana."
Críticas
A jurista foi criticada por senadores da base governista. Gleisi Hoffmann (PT-PR) sugeriu que, antes de lutar pela América Latina, ela observasse outros regimes totalitários no Brasil, "como no Paraná, onde perseguem professores", disse em referência ao governador Beto Richa do PSDB.
Apesar do engajamento político, Janaína rejeitou o conselho e não se demonstrou interessada em trabalhar contra outros governantes que possam ter praticado ações passíveis de impeachment. "Não sou a pedidora geral de impeachment da União", ironizou.
Brasília - Uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff , a advogada Janaína Paschoal se emocionou durante a comissão especial do Senado que avalia o processo de afastamento.
Ela também revelou seu desejo de ampliar sua "luta" pela América Latina e chamou os apoiadores de Dilma de "torturadores".
Janaína se comoveu na noite desta quinta-feira, 28, ao falar dos brasileiros que, segundo ela, foram desiludidos pelo governo da petista e perderam possibilidades sociais.
"Quando eles anunciaram o Fies, o Prouni, eu conheço pessoas muito simples que viram aquilo como uma possibilidade de o filho ter o que ela não teve", disse com a voz embargada e começou a chorar. "O filho poderia ter o que a mãe não teve", emendou.
"Eu já recebi pelo menos umas dez cartas de pessoas que iam para universidade pelo Fies e pelo Prouni e agora não vão poder continuar", relatou a professora.
Aceitando os elogios de senadores de oposição que a trataram como uma heroína, Janaína incorporou a figura e revelou seu desejo de estender sua ação política para outros países.
"Vou ajudar a libertar primeiro o Brasil e depois os nossos irmãos na América Latina. Estão pensando que eu vou parar por aqui?", disse ao criticar prisões políticas na Venezuela.
Ela aproveitou para atacar os movimentos sociais ligados à presidente Dilma Rousseff.
"Eu queria saber se alguém dos direitos humanos que apoia a presidente Dilma fala contra a prisão de Leopoldo Lopez na Venezuela. Porque eu me ressinto das torturas da presidente, mas eu me ressinto das torturas deles também", provocou.
"Eles gostam só de algumas ditaduras. Eles são ditadores. Eu sou democrata, sou republicana."
Críticas
A jurista foi criticada por senadores da base governista. Gleisi Hoffmann (PT-PR) sugeriu que, antes de lutar pela América Latina, ela observasse outros regimes totalitários no Brasil, "como no Paraná, onde perseguem professores", disse em referência ao governador Beto Richa do PSDB.
Apesar do engajamento político, Janaína rejeitou o conselho e não se demonstrou interessada em trabalhar contra outros governantes que possam ter praticado ações passíveis de impeachment. "Não sou a pedidora geral de impeachment da União", ironizou.