São Paulo - Nesta segunda-feira, a Arena Corinthians completa um ano em funcionamento. Desde o jogo inaugural entre
Corinthians e Figueirense em 18 de maio de 2014, o estádio foi palco para grandes astros do futebol mundial nos seis jogos da
Copa do Mundo de 2014 e também, é claro, para o elenco corinthiano. Nos 34 jogos oficiais disputados pelo Corinthians no estádio, o torcedor foi da euforia da inauguração a uma decepcionante desclassificação da Copa Bridgestone Libertadores em casa. Mesmo assim, o saldo é positivo: foram 23 vitórias, nove empates e duas derrotas. Se no lado esportivo tudo vai bem, a preocupação recai sobre a enorme dívida que o clube ainda tem que pagar.
Dívida A partir de julho, o Corinthians começa a pagar o financiamento de R$ 400 milhões com o
BNDES. O dinheiro não sairá diretamente dos cofres do clube, mas do fundo imobiliário criado para gerenciar o dinheiro destinado à construção do estádio. A dívida será paga em prestações mensais de R$ 5 milhões, ao longo de 12 anos. O fundo é formado pela construtora Odebrecht, a Jequitibá Patrimonial e o clube. Além da dívida com o BNDES, a Odebrecht e o Corinthians fizeram outros dois empréstimos para viabilizar a construção do estádio enquanto o financiamento público não era liberado. Entra na conta também o incentivo fiscal oferecido pela Prefeitura de São Paulo para que o clube recebesse a abertura da Copa do Mundo do ano passado. O município emitiu R$ 420 milhões em papéis chamados Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CID), que devem ser negociados pelo clube no mercado para gerar o caixa necessário para pagar a dívida da construção da arena. Esta negociação, no entanto, caminha a passos lentos. Uma ação movida pelo Ministério Público está questionando a validade dos incentivos concedidos, o que tem dificultado a operação.