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Itamaraty promove Diálogos sobre a Política Externa

O documento reunirá informações sobre princípios, temas e objetivos da atuação do Ministério das Relações Exteriores

Palácio do Itamaraty: entre os temas em debate estão relações bi e multilaterais do Brasil com diversos países, paz e segurança, meio ambiente e mudança do clima (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 13h23.

Brasília - O Itamaraty iniciou hoje (26) uma série de debates sobre política externa com o objetivo de balizar a elaboração do Livro Branco da Política Externa Brasileira.

O documento reunirá informações sobre princípios, temas e objetivos da atuação do Ministério das Relações Exteriores .

Ao longo do próximo mês, serão promovidos encontros no ministério sobre os principais temas da agenda internacional brasileira, com a participação de representantes do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, acadêmicos e membros da sociedade civil.

Entre os temas em debate estão relações bi e multilaterais do Brasil com diversos países, paz e segurança, meio ambiente, mudança do clima, educação, cultura, energia, ciência e tecnologia e questões de brasileiros no exterior.

Os Diálogos sobre a Política Externa ocorrem até o dia 2 de abril.

"Esperamos que esses diálogos promovam o debate entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário sobre política externa. Atualmente, a política externa chama a atenção interna do país, que está em crescimento. Essa política nas democracias modernas não se restringe ao plano internacional", disse o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.

De acordo com ele, os debates pretendem discutir o lugar do Brasil no mundo e como a nova geografia política e econômica global desconcentrou o poder e conferiu mais peso aos países emergentes.

Para o ministro, há novos temas na agenda internacional que têm de ser tratados – como o desenvolvimento, a fome, a privacidade e a governança na internet.

"São desafios que demandam o aperfeiçoamento de regras", informou.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), enumerou diversas questões que, para ele, têm de ser equacionadas até o final dos diálogos promovidos pelo Itamaraty.

Entre eles, o balanço sobre os resultados da atuação do Itamaraty, os rumos do ministério neste período pós-política externa do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as reais possibilidades de uma reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) que contemple o Brasil, o reforço da atuação brasileira em questões de paz e segurança e as estratégias de atuação global em novas estruturas de poder (G20, Brics, Mercosul).

"Hoje, se impõe que o Itamaraty seja uma caixa de ressonância dos multifacetados interesses do Brasil. A política externa é um instrumento do interesse nacional", explicou o senador.

Para o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, a política externa como política pública tem de estabelecer uma relação entre fatores internos e externos.

"Essa dialética esteve presente, por exemplo, na gestão do ex-ministro Celso Amorim [ex-ministro das Relações Exteriores e atual ministro da Defesa], quando, em seu discurso de posse, falou da necessidade de o Brasil transformar-se social e economicamente. Com esses passivos, dificilmente o Brasil poderia ter a inserção [internacional] que teve", informou Garcia.

Participaram da abertura dos debates hoje os ex e atual presidentes da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, os deputados Nelson Pellegrino (PT-BA) e Eduardo Barbosa (PSBD-MG), diplomatas brasileiros e estrangeiros e acadêmicos.

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Brasília - O Itamaraty iniciou hoje (26) uma série de debates sobre política externa com o objetivo de balizar a elaboração do Livro Branco da Política Externa Brasileira.

O documento reunirá informações sobre princípios, temas e objetivos da atuação do Ministério das Relações Exteriores .

Ao longo do próximo mês, serão promovidos encontros no ministério sobre os principais temas da agenda internacional brasileira, com a participação de representantes do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, acadêmicos e membros da sociedade civil.

Entre os temas em debate estão relações bi e multilaterais do Brasil com diversos países, paz e segurança, meio ambiente, mudança do clima, educação, cultura, energia, ciência e tecnologia e questões de brasileiros no exterior.

Os Diálogos sobre a Política Externa ocorrem até o dia 2 de abril.

"Esperamos que esses diálogos promovam o debate entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário sobre política externa. Atualmente, a política externa chama a atenção interna do país, que está em crescimento. Essa política nas democracias modernas não se restringe ao plano internacional", disse o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.

De acordo com ele, os debates pretendem discutir o lugar do Brasil no mundo e como a nova geografia política e econômica global desconcentrou o poder e conferiu mais peso aos países emergentes.

Para o ministro, há novos temas na agenda internacional que têm de ser tratados – como o desenvolvimento, a fome, a privacidade e a governança na internet.

"São desafios que demandam o aperfeiçoamento de regras", informou.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), enumerou diversas questões que, para ele, têm de ser equacionadas até o final dos diálogos promovidos pelo Itamaraty.

Entre eles, o balanço sobre os resultados da atuação do Itamaraty, os rumos do ministério neste período pós-política externa do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as reais possibilidades de uma reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) que contemple o Brasil, o reforço da atuação brasileira em questões de paz e segurança e as estratégias de atuação global em novas estruturas de poder (G20, Brics, Mercosul).

"Hoje, se impõe que o Itamaraty seja uma caixa de ressonância dos multifacetados interesses do Brasil. A política externa é um instrumento do interesse nacional", explicou o senador.

Para o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, a política externa como política pública tem de estabelecer uma relação entre fatores internos e externos.

"Essa dialética esteve presente, por exemplo, na gestão do ex-ministro Celso Amorim [ex-ministro das Relações Exteriores e atual ministro da Defesa], quando, em seu discurso de posse, falou da necessidade de o Brasil transformar-se social e economicamente. Com esses passivos, dificilmente o Brasil poderia ter a inserção [internacional] que teve", informou Garcia.

Participaram da abertura dos debates hoje os ex e atual presidentes da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, os deputados Nelson Pellegrino (PT-BA) e Eduardo Barbosa (PSBD-MG), diplomatas brasileiros e estrangeiros e acadêmicos.

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