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Ipea diz que falta de qualificação ainda é problema para conseguir emprego

Entre os trabalhadores assalariados, o estudo mostra que a formação escolar regular e de técnico tem um peso relativo no processo de contratação para 12,4%

Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego (José Cruz/ABr)

Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 20h36.

Rio de Janeiro - Estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a falta de qualificação é um dos principais entraves ao emprego no Brasil. A amostra da pesquisa foi de 2.770 pessoas.

O Sistema de Indicadores de Percepção Social: Direitos do Trabalhador e Qualificação Profissional, divulgado hoje (19) no Rio de Janeiro pelo Ipea, confirma que a falta de qualificação teórica, ou seja, educação regular e profissionalizante, e experiência prática, são apontadas como a principal causa de desemprego.

“Falta de qualificação é a principal resposta dos desempregados quando se pergunta a ele qual a causa do seu desemprego”, disse o pesquisador do Ipea André Gambier Campos. Segundo a pesquisa, 23,7% do total de desempregados apontaram a não qualificação como causa maior do desemprego. O pesquisar destacou que o fenômeno se verifica também entre os inativos.

Campos disse que esse é um contingente grande da população brasileira, em sua maioria atendido por programas de transferência de renda condicionada, como o Bolsa Família. “Quando se verificam as razões da sua inatividade, ou seja, porque a pessoa não está no mercado de trabalho ou não está procurado trabalho, uma causa que se destaca é a falta de qualificação teórica e prática”.

Entre os inativos, isso ocorre com mais clareza nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “Quando você pega os inativos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, 48,4% apontam que a falta de qualificação é um elemento decisivo para eles não conseguirem se inserir no mercado de trabalho”. Já entre os inativos das regiões Sudeste e Sul, esse percentual cai para 27,3%.

Entre os trabalhadores assalariados, o estudo mostra que a formação escolar regular e de técnico profissionalizante tem um peso relativo no processo de contratação para 12,4%. A apresentação de referências pessoais e a experiência na atividade a ser desenvolvida se sobressaem entre as exigências feitas para a contratação, com 21,3% e 23,1%, respectivamente.
 

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