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IPC-Fipe sobe 0,39%; Ibope: Bolsonaro vai a 31%; O impasse chileno com a Bolívia e mais…

SEDE DO GOVERNO CHILENO: o embate entre os países ocorre desde 1904, quando a Bolívia entregou a maior parte de seu antigo litoral ao Chile
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2018 às 06h48.

Última atualização em 2 de outubro de 2018 às 07h19.

IPC-Fipe sobe 0,39%

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), avançou ante o mesmo período do ano passado, devido principalmente ao aumento do dólar, que tem impacto direto sobre o preço dos combustíveis. O indicador teve alta de 0,39%. Em setembro de 2017, o indicador registrou avanço de apenas 0,02%. Apesar do avanço na comparação de 12 meses, o índice recuou ante agosto, quando o IPC subiu 0,41%. “A alta do dólar encarece toda a nossa cadeia logística, logo poderemos ver os reflexos sobre os alimentos”, afirma Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset. Em grande medida, a moeda americana tem oscilado em função das incertezas eleitorais.

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Ibope: Bolsonaro abre vantagem

Jair Bolsonaro (PSL) voltou a crescer nas intenções de voto, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela TV Globo e divulgada na noite desta segunda-feira (01) no Jornal Nacional. O candidato foi dos 27% registrados no levantamento anterior, da quarta-feira (26) passada, para 31% atualmente. Fernando Haddad (PT) ficou em 21%, mas sua taxa de rejeição disparou 11 pontos percentuais. Ele empataria com Bolsonaro no segundo turno; na pesquisa anterior, ganhava por quatro pontos.

Ciro Gomes (PDT) passou de 12% para 11%. Geraldo Alckmin (PSDB) manteve os 8%. O Ibope ouviu 3.010 eleitores, em 208 municípios, entre os dias 29 e 30 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

O depoimento de Palocci

A seis dias do primeiro turno das eleições, o juiz federal Sergio Moro quebrou o sigilo de parte do acordo de colaboração do ex-ministro Antonio Palocci com a Polícia Federal. O magistrado incluiu as informações delatadas na ação penal sobre o Instituto Lula. No despacho, Moro afirma não vislumbrar “riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade”. Segundo a delação de Palocci, a campanha à reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014 custou 800 milhões de reais —mais do que o dobro dos 350 milhões de reais de declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A campanha de 2010 teria custado, segundo o delator, 600 milhões de reais. A soma, de 1,4 bilhão, é quase três vezes os 503 milhões declarados. O ex-ministro detalhou à PF o esquema de loteamento de cargos na Petrobras e modificação dos contratos para incluir propinas, atendendo aos interesses de partidos políticos. Segundo Palocci, Lula sabia das ilicitudes praticadas na estatal desde 2007 porque ele mesmo as relatou desvios de diretores da Petrobras. Disse ainda que Lula não tomou medidas para tirar os diretores de seus cargos.

Campanha de Haddad paga a réu

O jornal O Estado de S.Paulo revelou que a campanha de Fernando Haddad (PT) pagou 2,1 milhões de reais, segundo dados do TSE, a Giovane Favieri, réu por suposta lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, e Valdemir Garreta, colaborador no Peru em investigação sobre caixa dois da Odebrecht. Sócios na empresa Rental, eles locaram equipamentos e estrutura de gravações à candidatura do petista, em despesa datada da última terça-feira (25). Giovane Favieri foi denunciado na Lava Jato em outubro de 2016. Enquanto prestador de serviços de produção de vídeos à campanha do ex-prefeito de Campinas, Dr. Hélio (PDT), em 2004, ele é acusado de ser receptor de parte de empréstimo fraudulento contraído pelo pecuarista José Carlos Bumlai, junto ao Banco Schahin, naquele ano. Em acordo com autoridades peruanas que ainda permanece em sigilo, Garreta admitiu ter recebido da Odebrecht 700.000 dólares para conduzir a campanha de 2011 do ex-presidente peruano Ollanta Humala (2011-2016). Segundo a prestação parcial de contas, nesta eleição, o gasto com a empresa de Favieri e Garreta chega a 63% do total de despesas – que atingiu 3,3 milhões reais – para a candidatura do petista, informa o Estadão.

Mudança de discurso

O candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), afirmou nesta segunda-feira que uma eventual vitória do PT na corrida ao Palácio do Planalto não seria motivo para um golpe militar no país e que a coligação dele não vai se insurgir contra uma derrota no pleito. Na sexta-feira, Bolsonaro afirmou em entrevista que não iria aceitar qualquer resultado das eleições presidenciais que não fosse sua vitória e não quis opinar sobre a hipótese se Forças Armadas brasileiras aceitariam tacitamente uma vitória do candidato do PT, seu provável adversário no segundo turno, Fernando Haddad. “Ele (Bolsonaro) já voltou atrás, já tem outra notícia aí. Aquilo foi no calor da disputa. Derrotou, perdeu, perdeu”, disse Mourão a jornalistas, ao chegar em Brasília.

GE muda presidente

Em um movimento surpresa, a General Electric retirou John Flannery do cargo de presidente-executivo, após ele ter ficado um ano no cargo. A empresa nomeou Larry Culp como novo presidente do conselho e CEO, que assumiu imediatamente. Culp era CEO da Danaher e entrou para o conselho da GE no começo deste ano, durante a reforma geral no conselho de administração da companhia. Segundo o Wall Street Journal o conselho da companhia decidiu remover Flannery em meio a preocupações por ele não estar agindo rápido o suficiente para resolver os problemas da empresa. Culp deve dar continuidade à estratégia de vender duas subsidiárias da empresa e focar os esforços da companhia em suas unidades de energia e aviação.

Uma mulher no FMI

Pela primeira vez, uma mulher é nomeada economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, confirmou nesta segunda-feira Gita Gopinath no cargo. Ela assume como conselheira Econômica e Diretora do Departamento de Pesquisa do FMI em substituição a Maurice Obstfeld, que anunciou que irá se aposentar no final do ano. Gita Gopinath é professora de Estudos Internacionais e Economia da Universidade de Harvard, co-editora da American Economic Review e co-diretora do Programa Internacional de Finanças e Macroeconomia do National Bureau of Economic Research (NBER).

Trump critica Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a relação comercial do Brasil com os americanos. “O Brasil é outro caso. É uma beleza. Eles cobram de nós o que querem. Se você perguntar a algumas empresas, eles dizem que o Brasil está entre os mais duros do mundo, talvez o mais duro. E nós não os chamamos e dizemos ‘ei, vocês estão tratando nossas empresas injustamente, tratando nosso país injustamente”, disse o presidente americano. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa sobre o novo Nafta, acordo comercial entre EUA, Canadá e México que foi anunciado nesta segunda-feira (1º). Em 2017, o Brasil importou 24,8 bilhões de dólares para os Estados Unidos e exportou 26,8 bilhões de dólares – saldo de 2 bilhões de dólares. Entre 2009 e 2016, os americanos tiveram superávit comercial com o Brasil. O saldo positivo americano chegou aos 11,37 bilhões de dólares em 2013. O presidente dos EUAtambém criticou a Índia, afirmando que o país impõe “tarifas tremendas”, e que presidentes anteriores “nunca falaram com a Índia”.

Haia decide por Chile

A Corte Internacional de Justiça (CIJ), conhecida como Tribunal de Haia, decidiu, nesta segunda, que a Bolívia não pode forçar o Chile a negociar a concessão de um “acesso soberano” ao Oceano Pacífico. Ao ler a decisão da corte por 12 votos 3, o juiz Abdulqawi Yusuf disse que, apesar do longo histórico de conversas entre os dois países, o Chile nunca se comprometeu com negociações que levariam à concessão de território, como a Bolívia argumentou. O embate entre os países ocorre desde 1904, quando a Bolívia entregou a maior parte de seu antigo litoral ao Chile, em um tratado após a Guerra do Pacífico. Desde então, os dois países vizinhos têm realizado conversas ocasionais sobre a possível criação de um corredor para a Bolívia ter acesso ao mar, mas os juízes da CIJ decidiram que isso não faz com que o Chile seja obrigado a negociar um acesso. O presidente boliviano Evo Morales acompanhou o julgamento na corte e disse a repórteres do lado de fora do Palácio da Paz, em Haia, onde fica localizado o CIJ, que vai continuar lutando pelo acesso ao mar para a Bolívia. Já o presidente do Chile, Sebastian Piñera, comemorou com assessores na capital Santiago e disse a repórteres que, apesar de o Chile sempre estar aberto ao diálogo com seus vizinhos, Morales criou uma “expectativa falsa” entre os bolivianos.

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