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Investigado na Lava Jato, ex-deputado do PT abre empresa

Consultoria de Cândido Vaccarezza iniciou suas atividades em março deste ano


	Vaccarezza: "não faço parte de esquema de pagamentos de propinas envolvendo a Petrobras ou outra empresa"
 (Valter Campanato/ABr)

Vaccarezza: "não faço parte de esquema de pagamentos de propinas envolvendo a Petrobras ou outra empresa" (Valter Campanato/ABr)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 4 de maio de 2015 às 11h07.

São Paulo – Desde março, o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza, do PT-SP, passou à condição de investigado na Operação Lava Jato, que apura um dos maiores esquemas de corrupção na Petrobras. O episódio, no entanto, não impediu o petista de levar adiante projetos profissionais.

No mesmo mês em que viu seu nome ligado à Lava Jato, Vaccarezza oficializou na Junta Comercial do Estado de São Paulo a abertura de uma nova empresa de consultoria, batizada de CB Assessoria e Consultoria Empresarial LTDA.

O ex-deputado entrou como sócio administrador no negócio e tem participação de 50 mil reais. A empresa tem capital social avaliado em 100 mil reais.

De acordo com o documento, o objetivo social da companhia é de “outras atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas anteriormente e serviços combinados de escritórios e apoio administrativo”.

EXAME.com entrou em contato com Vaccarezza por e-mail para obter mais informações sobre a nova consultoria, mas até o momento da publicação desta nota, ele não havia respondido ao pedido de entrevista.

Investigação

Segundo reportagem da revista Veja, Vaccarezza está sendo investigado na Lava Jato por corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro.

Além de ser investigado no Supremo Tribunal Federal (STF), o petista é alvo de dois inquéritos diferentes na primeira instância da Justiça Federal, no Paraná.

De acordo com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de refino e abastecimento da Petrobras, Vaccarezza  teria recebido cerca de 400 mil reais como propina no esquema de corrupção da estatal.

Assim que soube das acusações, o ex-deputado convocou a imprensa e negou as acusações.

“Nego peremptoriamente ter recebido recursos e definitivamente não faço parte de esquema de pagamentos de propinas envolvendo a Petrobras ou qualquer outra empresa”, disse o petista na ocasião.

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