Interventor aponta queda na criminalidade no Rio de Janeiro
General Braga Netto apontou queda de roubos de rua, cargas, veículos e homicídios entre março e maio, mas homicídios em operações policiais cresceram 22,94%
Reuters
Publicado em 13 de junho de 2018 às 17h00.
Rio de Janeiro - Os índices de criminalidade no Rio de Janeiro nos últimos três meses mostram queda, segundo o general Walter Braga Netto, interventor federal na segurança do Estado, embora ainda sem a conclusão do caso de maior repercussão no período, a morte da vereadora Marielle Franco.
Em palestra na associação comercial do Rio nesta quarta-feira, Braga Netto apresentou estatísticas menores de roubos de rua, cargas, veículos e homicídios no período de março a maio. Apenas os homicídios em operações policiais, segundo os dados, cresceram 22,94 por cento no período.
"Havia ostensividade e enfrentamento (por parte dos suspeitos)... mas agora acho que não vão continuar e isso deve diminuir", disse ele na palestra. "A intervenção dará certo e tenho certeza que será um case de sucesso."
O governo federal decretou em meados de fevereiro uma inédita intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro devido à crise de violência no Estado.
O crime de maior repercussão no período da intervenção foi oda vereadora Marielle Franco, morta a tiros em março, e que até agora não foi esclarecido.
Familiares e representantes da Anistia Internacional estiveram na sede do MP do Rio para cobrar o esclarecimento do caso e fizeram um protesto na porta do órgão.
"Foi um crime bárbaro que não pode ficar sem resposta", disse à Reuters o pai de Marielle, Antonio Franco.
O general Braga Netto afirmou que as investigações sobre o crime caminham bem, mas foram atrapalhadas por vazamentos.
"A investigação está indo muito bem, ou melhor, bem, porque tivemos prejuízo na investigação com o vazamento que prejudica o caso, mas não impede de se chegar à solução", disse.