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Internet aprova campanha contra assédio no carnaval de Recife

Este é o segundo ano consecutivo da campanha, que usa gírias regionais e ironia para indicar casos em que o assédio é configurado

Carnaval: o manual termina informando o telefone da Central da Mulher, 0800 281 0107 (Getty Images)

Carnaval: o manual termina informando o telefone da Central da Mulher, 0800 281 0107 (Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 15h36.

"Sereia, unicórnio, colombina, odalisca, mulher maravilha. São só fantasias, não convites". Esta é uma das frases do "Pequeno manual prático de como não ser um babaca no carnaval", campanha da Prefeitura do Recife contra o assédio a mulheres nos festejos de momo, lançada ontem (23) nas redes sociais.

Este é o segundo ano consecutivo da campanha ("edição 2, para os que ainda não entenderam", diz a peça publicitária), que usa gírias regionais e ironia para indicar casos em que o assédio é configurado.

"Em português, não também é conhecido como: não", diz uma das páginas; "Não arrete, não! Deixa a boyzinha na dela", avisa outra.

Várias frases fazem referência ao consumo de álcool no carnaval, indicando que esta não é uma justificativa para o abuso - nem se o bêbado for o acusado e tampouco se for a vítima.

"Ela tá beba doida? Ofereça ajuda, não se aproveite. Sexo sem consentimento é estupro. Estupro é crime", afirma o manual. A campanha está recebendo muitos elogios na página oficial do Carnaval do Recife. Já são mais de 5 mil curtidas e 21,7 mil compartilhamentos.

O manual termina informando o telefone da Central da Mulher, 0800 281 0107. O serviço oferece orientação e atendimento a mulheres que estão em situação de violência.

O espaço físico da Central fica na Rua do Observatório e possui uma equipe multiprofissional que inclui advogada e psicóloga.

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