Crianças com Síndrome de Down: nesta quarta-feira, o Ápice lança sua campanha anual que tem como foco a participação dos portadores de Down na prática de esportes (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2013 às 10h55.
Brasília - Pessoas com síndrome de Down provam a cada dia que são capazes participar de atividades sociais e de trabalho no dia a dia.
O instituto Ápice Down, que sobrevive financeiramente de vendas de calendários e agendas e têm parcerias com empresas funciona, na capital federal, há oito anos.
Hoje, a instituição atende 640 crianças, adolescentes e adultos portadores de Down, por mês, no processo de inclusão e socialização.
Nesta quarta-feira (27), o Ápice lança sua campanha anual que tem como foco a participação dos portadores de Down na prática de esportes.
Andréa Quadros, uma das fundadoras e voluntárias do instituto, explicou que o motivo que a levou a estruturar a instituição foi “o direito que essas pessoas têm à humanização e à acessibilidade social”, disse.
Andréa disse que a entidade conta apenas com o esforço voluntário. Ela ressaltou que o crescimento do Ápice Down trás, como consequência, a necessidade cada vez maior de voluntários. Além disso não há preferência ou limitação para categorias profissionais.
“Qualquer tipo de profissional é bem-vindo, já que temos mais de 300 crianças na fila de espera”. “Precisamos de pessoas e empresas que se habilitem a nos ajudar”, explicou Andréa.
Jéssica Mendes, que tem Down, está se formando no curso de fotografia pelo instituto. Ela fotografou o material de divulgação para o Ápice.“Eu gostei de fazer esse trabalho voluntário. Eu estou sempre me colocando a disposição deles e acabei tendo contato com a fotografia e com as crianças”, disse.
Aos 21 anos, ela conta que ao fotografar as crianças dom Down sentiu uma forte emoção. “Eu [ao] fotografar as crianças é como se interagisse com elas.
São meio bagunceiros, mas sempre estão ali para ajudar”, brinca. Jéssica conta que no curso de fotografia tem muitos amigos e não tem problemas por ser portadora da síndrome. Ao contrário, ela disse que “é um crescimento”. “Eu fui conversando com o pessoal, criando amizades, fui desenvolvendo a minha vida social com eles”.
Jéssica também faz pilates e diz que gosta muito do lugar por que ganha “autoestima” e deixa a aula sempre, sentindo-se “uma outra pessoa”. Ela tem dificuldades com alguns exercícios mas não desanima e está sempre disposta e pronta a dar a volta por cima. “Se tenho dificuldade, a professora vai e ajuda, está sempre me dando apoio”, conta.
Os calendários e agendas são a única forma de renda do instituto, portanto, serão comercializados. O Ápice Down tem ainda com atendimentos de fonoaudiologia, fisioterapia e orientação jurídica.