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Inmetro regulamenta uso de cadeirinhas fixadas no carro

A norma vai servir de parâmetro para a fabricação de novas cadeirinhas e deverá entrar em vigor até 2015


	Bebê em cadeirinha: dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que o número de mortes de crianças menores de dez anos no trânsito caiu 23% no Brasil em 2012 (Fernando Camino/Cover/Getty Images)

Bebê em cadeirinha: dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que o número de mortes de crianças menores de dez anos no trânsito caiu 23% no Brasil em 2012 (Fernando Camino/Cover/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 12h33.

Rio de Janeiro - O uso do sistema Isofix para a fixação de cadeirinhas e bebê conforto nos carros, para o transporte de crianças no banco traseiro, foi regulamentado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Nesta quinta-feira (16), o órgão publicou no Diário Oficial da União os requisitos mínimos de segurança para o uso do dispositivo.

A norma vai servir de parâmetro para a fabricação de novas cadeirinhas e deverá entrar em vigor até 2015.

Segundo o diretor de Avaliação de Conformidade do Inmetro, Alfredo Lobo, a regulamentação para o uso do Isofix preenche uma lacuna no programa de certificação das cadeirinhas que, hoje, são presas no banco traseiro dos carros por meio do cinto de segurança.

O sistema Isofix, no entanto, que consiste em travas nas cadeirinhas acopladas a ganchos, é considerado mais seguro.

“A vantagem é que, com o Isofix, é muito mais fácil e segura a fixação do que por meio do cinto de segurança. Essa é a grande diferença que levou a Europa e os Estados Unidos e, agora, o Brasil a adotar esse mecanismo”, explicou o diretor.

Alfredo Lobo disse que, muitas vezes, no caso de cadeirinhas presas com o cinto, os pais prendem de forma errada, com risco para as crianças.

A partir da publicação do Inmetro, a expectativa é que empresas redesenhem modelos de cadeirinhas com o gancho e que aumente o número de veículos com o Isofix.

A barra de ferro com os ganchos no banco traseiro deve vir de fábrica e só está disponível em 5% dos veículos.


“Certamente uma exigência legal será necessária, porque muda a concepção dos veículos”, disse o diretor

A inclusão do dispositivo como item obrigatório está em discussão no Senado, por meio de projeto de lei, e aguarda votação pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ).

Aprovado, poderá ser exigido das montadoras. Para se antecipar, a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) discute a instalação do sistema. Porém, ainda não estimou o impacto da obrigatoriedade da oferta do dispositivo como item de fábrica.

Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que o número de mortes de crianças menores de dez anos no trânsito caiu 23% no Brasil em 2012, como reflexo da Lei da Cadeirinha.

A legislação passou a exigir o uso de equipamento de segurança certificado pelo Inmetro para o transporte de crianças até sete anos, sempre nas cadeirinhas e no banco de trás.

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