Brasil

Infraero e TCU buscam acordo sobre custos de aeroportos

A Caixa acabou de concluir uma tabela de preços unitários voltada exclusivamente para as necessidades aeroportuárias, sistema aguardado pela Infraero há anos


	Infraero: em tom de desabafo, o presidente da estatal, Gustavo do Vale, reconheceu as dificuldades que tem enfrentado na execução de obras nos 61 aeroportos que administra em todo o país
 (Getty Images)

Infraero: em tom de desabafo, o presidente da estatal, Gustavo do Vale, reconheceu as dificuldades que tem enfrentado na execução de obras nos 61 aeroportos que administra em todo o país (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 12h01.

Brasília - A Infraero e o Tribunal de Contas da União (TCU) podem estar próximos de uma solução que ajude a atenuar os desentendimentos em torno dos custos das obras de aeroportos.

A Caixa Econômica Federal acabou de concluir uma tabela de preços unitários voltada exclusivamente para as necessidades aeroportuárias.

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) voltado para os aeroportos era aguardado há anos pela Infraero.

Por meio de nota, a Caixa informou que "a etapa de aferição das composições e elaboração dos cadernos de encargos baseados em pesquisa de campo (coleta de dados em diversos aeroportos do Brasil), estudo bibliográfico e pesquisa de manuais técnicos, já foi concluída".

O resultado do Sinapi Aeroportuário foi apresentado no mês passado à Infraero e ao TCU. "Essas composições aferidas já podem ser utilizadas no processo de elaboração de orçamentos de novas obras que vierem a ser licitadas. A próxima etapa consiste na publicação (pela Infraero) das referências aferidas em processo de consulta pública e validação do trabalho", informou a Caixa.

Problemas

Em tom de desabafo, o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, reconheceu as dificuldades que a estatal federal tem enfrentado na execução de obras nos 61 aeroportos que administra em todo o país.

"Então, só tem problema", comentou. "A rigor, nós temos problemas em todas as grandes obras que tocamos. Já rescindimos o contrato no aeroporto de Fortaleza (CE), rescindimos em Macaé (RJ) e contratamos de novo. Estamos em um processo muito complicado com a empreiteira no aeroporto de Florianópolis (SC). Só agora estamos conseguindo retomar as obras de Porto Alegre (RS) e Galeão, no Rio."

A maior parte dos conflitos, segundo Vale, está atrelada às divergências de avaliação das obras com o TCU.

Até hoje, afirma Vale, as análises do tribunal se baseavam nos preços incluídos no Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro) e no Sinapi tradicional, que são administrados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e pela Caixa, respectivamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosAeroportos do BrasilAviaçãoEmpresasEmpresas estataisEstatais brasileirasInfraeroServiçosSetor de transporteTransportes

Mais de Brasil

Lira encerra mandato na presidência da Câmara e diz que não terá problemas em voltar a ser deputado

Veja como votou cada deputado na proposta do pacote de corte de gastos

TSE forma maioria para rejeitar candidatura de suspeito de envolvimento com milícia

Fim do DPVAT? Entenda o que foi aprovada na Câmara e o que acontece agora