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Infiltrado do Exército em ato contra Temer é intimado a depor

William Botelho, que se passou por manifestante em atos contra o presidente em 2016, foi arrolado como testemunha dos 18 jovens com quem foi detido pela PM

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Protestos: o major estava em protestos contra o presidente Temer (Pilar Olivares/Reuters)

Protestos: o major estava em protestos contra o presidente Temer (Pilar Olivares/Reuters)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de setembro de 2017 às, 10h01.

São Paulo - O major do Exército William Pina Botelho, que se passou por manifestante em atos contra o presidente Michel Temer (PMDB), em 2016, foi arrolado como testemunha dos 18 jovens com quem foi detido pela Polícia Militar. Ele usava um perfil com nome falso nas redes sociais para se comunicar com os manifestantes.

Dois inquéritos abertos pelo Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo para investigar se o flagrante dos jovens teria sido forjado junto à PM de São Paulo estão a caminho de serem arquivados.

Outro, na Procuradoria Militar, já foi enterrado. Botelho foi promovido a major após os 18 jovens detidos junto com ele virarem réus por organização criminosa em um processo no qual não é denunciado e sequer citado pela promotoria estadual de São Paulo.

No dia 4 de setembro de 2016, 21 pessoas, sendo três adolescentes, foram detidos em ato contra o governo Michel Temer. Naquela noite, um deles não foi detido: tratava-se de Pina Botelho, então capitão infiltrado do Exército, que trabalhava para o serviço de inteligência.

Ao contrário dos outros jovens, ele não foi levado para o Deic, nem preso por uma noite. Na manhã seguinte, o juiz Paulo Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo mandou soltar todos os jovens afirmando que a prisão era ilegal. O caso foi divulgado inicialmente pelo jornal "El País".

Atualmente, 18 jovens que foram presos naquela noite, e depois liberados, respondem pela acusação de corrupção de menores e associação criminosa do promotor Fernando Albuquerque Soares Sousa.

Na peça de denúncia, de cinco páginas, um dos jovens, por exemplo, é acusado de "levar uma câmera" aos protestos. Dez são acusados por portar uma barra metálica e um disco de ferro. As únicas testemunhas de acusação são policiais militares.

Após a denúncia, "Balta Nunes" foi promovido de capitão a major e atualmente mora em Manaus. A Justiça da capital amazonense foi questionada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo se seria possível realizar seu depoimento por meio de videoconferência. Do contrário, a defesa dos jovens terá de ouvi-lo em Manaus. Ele já foi intimado a depor.

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