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Índios ocupam Ministério e bloqueiam rodovias por saúde

O protesto foi convocado pelas etnias Kaingang, Guarani e Charrua, todas estabelecidas no sul do país

Fontes do Ministério da Saúde consultadas pela Agência Efe disseram que Padilha está disposto a reunir-se com os manifestantes (Arquivo/Wikimedia Commons)

Fontes do Ministério da Saúde consultadas pela Agência Efe disseram que Padilha está disposto a reunir-se com os manifestantes (Arquivo/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 11h49.

Brasília - Índios de diversas etnias ocuparam nesta terça-feira o Ministério da Saúde em Brasília, ao mesmo tempo em que outros grupos bloquearam estradas no sul do país para cobrar maior atenção do Governo Federal à saúde indígena.

O protesto foi convocado pelas etnias Kaingang, Guarani e Charrua, todas estabelecidas no sul do país, a fim de chamar a atenção sobre graves deficiências nos postos sanitários situados nas aldeias, disseram os manifestantes.

"As taxas de mortalidade indígena aumentam sem parar pela falta de definição de políticas adequadas por parte do Ministério da Saúde, que somente promete, mas não faz nada", denunciou Pedro Kaingang, porta-voz do grupo que ocupou a sede ministerial.

Os manifestantes entregaram aos jornalistas um documento no qual exigem uma "imediata solução" e demandam melhores salários para os médicos que trabalham em aldeias, um maior número de postos de saúde e cadeiras de rodas, lentes e próteses dentais, entre outros pedidos.

Kaingang assegurou que os ocupantes estão no quarto andar do Ministério, onde se encontram os escritórios dedicados à saúde indígena e permanecerão ali até serem recebidos pelo titular da pasta, Alexandre Padilha.

Ao mesmo tempo em que ocorria o protesto na capital, grupos de índios das mesmas etnias bloquearam o trânsito em cinco estradas nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, segundo informou a "Agência Brasil".

Fontes do Ministério da Saúde consultadas pela Agência Efe disseram que Padilha está disposto a reunir-se com os manifestantes, mas exigiu "garantias" que, após o encontro, a sede do Ministério será desocupada. 

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