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Índios ocupam hotel de luxo no sul da Bahia

A ocupação foi a forma escolhida pelos índios para cobrar rapidez no reconhecimento e demarcação de uma área próxima, que dizem ser um território indígena


	Bahia: aPolícia Federal (PF) já encaminhou agentes para o local, onde diz serem frequentes os protestos indígenas pela demarcação da área em litígio.
 (FHmolina/Getty Images)

Bahia: aPolícia Federal (PF) já encaminhou agentes para o local, onde diz serem frequentes os protestos indígenas pela demarcação da área em litígio. (FHmolina/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 13h52.

Brasília – Um grupo de índios tupinambás ocupa desde ontem (7) à noite um hotel de luxo próximo a Ilhéus (BA). Segundo as primeiras informações, a ocupação do Hotel Fazenda da Lagoa foi a forma escolhida pelos índios para cobrar rapidez no reconhecimento e na demarcação de uma área próxima, que dizem ser um território tradicional indígena.

Técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai) se deslocaram hoje (8) de manhã para o local. O coordenador regional do órgão indigenista, Edinaldimar Barbosa da Silva, no entanto, só irá se pronunciar sobre o assunto após receber dos técnicos um relato completo sobre a situação. A Polícia Federal (PF) também já encaminhou agentes para o local, onde diz serem frequentes os protestos indígenas pela demarcação da área em litígio.

Inaugurado em 2005, em uma antiga fazenda de coco e dendê, o hotel fica na cidade de Una, a cerca de 40 quilômetros de Ilhéus, no litoral sul da Bahia, região turística que concentra vários hotéis de luxo. Entre as regalias oferecidas aos hóspedes, “7 quilômetros de praia privativa”, segundo o site do empreendimento.

A Agência Brasil ligou para todos os telefones que constam no site do hotel, inclusive para o serviço de reservas, que fica no Rio de Janeiro, mas não conseguiu falar com nenhum funcionário. No hotel, uma pessoa que disse fazer parte do grupo de índios atendeu ao telefone. Informou que há pelo menos 30 manifestantes no local, que, segundo ele, estava vazio quando o grupo chegou.

“Havia só um vigia, mas ele foi embora assim que chegamos”, disse o homem, que se identificou como Ivo. Perguntado sobre sua etnia, ele não soube responder e pediu que a reportagem voltasse a ligar amanhã (9), quando o cacique Valdenilson Oliveira, que, de acordo com ele, está à frente do movimento, voltará ao hotel.

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