Incêndios em SP: sétimo suspeito de atear fogo em mata é preso pelas autoridades
Ele foi localizado próximo da rodovia Engenheiro Ermênio de Oliveira Penteado, onde vários focos de queimadas aconteciam
Agência de notícias
Publicado em 29 de agosto de 2024 às 07h55.
Última atualização em 29 de agosto de 2024 às 07h58.
O sétimo suspeito de atear fogo em uma área de mata foi preso pela autoridades paulistas nesta quarta-feira, 28. Descrito como um homem de 32 anos, ele foi encontrado próximo da rodovia Engenheiro Ermênio de Oliveira Penteado, no bairro São Miguel, em Salto, interior do estado.
Acionados para atender uma ocorrência de incêndio, guardas municipais identificaram diversos focos de queimadas às margens da pista. Eles abordaram um homem que se encontrava nas redondezas. O suspeito confessou o crime.
Levado para a Delegacia de Itu, o homem permanece à disposição da Justiça. Um isqueiro foi encontrado com ele, e exames foram solicitados ao Instituto de Criminalística.
Outros seis presos
Nesta segunda-feira, Polícia Civil de São Paulo prendeu um homem de 44 anos suspeito de causar incêndio em vegetação na zona sul de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Na mesma data, outro suspeito, de 49 anos, foi preso emJalespor causar um incêndio no Jardim Alvorada.
Outro preso por suspeita de incendiar uma fazenda no interior de São Paulo é Daniel Rodrigues Caires, de 26 anos. Ele foi visto saindo de um canavial na zona rural de Guaraci, no interior de São Paulo, região de Barretos, na quarta-feira passada, 21. Segundo o Boletim de Ocorrência, a polícia foi acionada por uma testemunha do crime. Quando chegaram, os policiais avistaram o incêndio de “grandes proporções próximo à área urbana”.
No sábado, 24, um homem foi detido e liberado por suspeita de provocar os incêndios no interior. Antônio de Oliveira Salgado, de 76 anos e sem passagem, foi visto por uma mulher, supostamente sua vizinha, colocando fogo em lixo residencial no fundo de sua chácara. O fogo dispersou, mas foi controlado pelo bombeiro. Na delegacia, ele foi indiciado e liberado, por não haver indicativo de que se tratava de um incêndio criminoso.
Outro incendiário é Alessandro Arantes, de 42 anos, preso em Batatais, região de Franca, no domingo, 25. No ato da prisão, Arantes afirmou ser integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Representantes das forças de segurança descartam qualquer ligação deste ato com a facção criminosa paulista. O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de Presidente Prudente, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), afirmou que não há "nenhuma chance" de ele ser do PCC, apesar de ter afirmado isso.
Segundo o Boletim de Ocorrência, policiais realizavam patrulhamento de rotina na região do Central Parque, em Batatais, quando uma denúncia anônima chegou ao sistema. O denunciante informou que avistou um indivíduo ateando fogo na mata, aos fundos do local.
Policiais então entraram na estrada de terra e avistaram uma grande nuvem de fumaça e o fogo se alastrando, além de um homem com algo nas mãos. O suspeito tentou esconder a garrafa PET com gasolina e fugiu, mas foi encontrado e preso. Ele filmou o crime e não impediu o policiais de acessaram o conteúdo de seu celular, onde estavam os registros.
Arantes já foi preso por vários crimes, como roubo, furto, homicídio e posse de droga. Sua primeira prisão foi em 2004, na Cadeia Pública de Batatais. Seu apelido no crime é Molenga. Ele será indiciado pelo artigo 250 do Código Penal, que é causar incêndio e expor a vida de outro a perigo. Se condenado, a pena pode chegar a seis anos de reclusão.
Na segunda-feira, 26, também em Batatais, outro homem, de 27 anos, foi preso em flagrante após atear fogo em uma área de pastagem e causar um incêndio. O caso ocorreu em um pasto no Jardim Aurora.
O suspeito foi preso em flagrante com serras, alicate, isqueiro e uma caixa de fósforos. O incêndio causado pelo homem chegou a atingir, além do pasto, a cerca e o quintal de uma residência. As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. Ninguém ficou ferido.
As defesas dos indiciados não foram localizadas. O espaço permanece aberto para manifestação.