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Incêndio não aumentou poluição do ar em Santos, diz Cetesb

A companhia disse que suas estações de monitoramento da qualidade do ar não detectaram aumento significativo na concentração de poluentes na cidade


	Incêndio em Santos: a Cetesb, no entanto, não tem estações de monitoramento próximas ao local do incêndio
 (Divulgação/Corpo de Bombeiros de São Paulo)

Incêndio em Santos: a Cetesb, no entanto, não tem estações de monitoramento próximas ao local do incêndio (Divulgação/Corpo de Bombeiros de São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2015 às 19h39.

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) do estado de São Paulo informou, no final da tarde de hoje (6), que suas estações de monitoramento da qualidade do ar em Santos não detectaram aumento significativo na concentração de poluentes no município em razão do incêndio que atinge tanques de combustíveis da empresa Ultracargo, no Terminal da Alemoa, na Baixada Santista.

Segundo a companhia ambiental, cinco estações automáticas de qualidade do ar localizadas em Santos e Cubatão não registraram aumento relevante de material particulado, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e ozônio. As estações estão localizadas em um raio de seis a dez quilômetros do local do incêndio.

“Os dados disponíveis mostram que a qualidade do ar nas estações de Santos variou entre a condição Boa e Moderada entre os dias 2 (quinta), início do incêndio, e 5 de abril (domingo).

Nesse mesmo período, nas estações de Cubatão, verificou-se que a área central da cidade permaneceu com qualidade Boa e Moderada, enquanto a área industrial oscilou entre a condição Boa e Muito Ruim”, diz texto de nota. Segundo a Cetesb, a má condição da qualidade do ar na área industrial de Cubatão já era verificada antes do incêndio.

A Cetesb, no entanto, não tem estações de monitoramento próximas ao local do incêndio. A companhia pretende transferir uma delas para mais perto.

“No caso da população que vive mais próxima ao local do incêndio, a Cetesb está estudando a possibilidade de deslocar a estação de monitoramento móvel que se encontra no bairro da Ponta da Praia, na Praça José Rebouças, em Santos, para um local ainda mais próximo da área do incêndio”.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo, a situação no local ainda inspira bastante cuidado. Há dois tanques de gasolina que ainda estão queimando, um deles já praticamente vazio, apenas contendo vapores.

“Não há perigo, no momento, para que nenhuma pessoa tome atitude de querer sair da área, da região, pois o fogo está concentrado, isolado. A situação está sob controle, mas não o fogo", disse.

“Os bombeiros estão fazendo o resfriamento por meio de oito frentes defensivas, em volta dos tanques, para que diminuam a temperatura. Há três linhas de ataque para que a gente possa fazer o combate juntamente com a espuma, que tem o papel de impedir o contato do oxigênio com o material combustível”, explicou.

Cerca de 75 mil litros de água por minuto estão sendo jogados sobre os tanques com auxílio das bombas de três rebocadores e o navio do Corpo de Bombeiros, que estão a uma distância de 650 metros do local do incêndio.

O vento, no entanto, prejudica o trabalho dos Bombeiros: “O vento está sendo crucial para que você tenha o aumento das chamas e aumento das chamas que traz grande preocupação porque ele pode passar pra outros tanques”, disse Palumbo.

De acordo com o capitão dos Bombeiros, não há previsão do término do incêndio, mas a estratégia está dando certo: “Nós não podemos fazer uma previsão ainda. Estamos evoluindo na ocorrência tendo em vista que esses 21 tanques [que estão ao lado das chamas] não pegaram fogo. A gente precisa continuar nessa estratégia, porque ela está dando certo”, disse. Seis outros tanques já foram destruídos pelo fogo. No momento, há 118 homens dos Bombeiros trabalhando no local.

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