Imprensa fomentou xingamentos a Dilma, diz Lula
Ex-presidente afirmou que a imprensa fomentou os xingamentos feitos à presidente Dilma na abertura da Copa do Mundo
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2014 às 22h41.
Recife - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, dia 13, durante encontro político do PT, que a imprensa fomentou os xingamentos feitos à presidente Dilma na abertura da Copa do Mundo , nesta quinta-feira (12).
"Parte da imprensa incentivou o tempo inteiro essa reação da sociedade", afirmou Lula, sob aplausos de uma plateia de 2,5 mil pessoas, ao lado da presidente Dilma e dos pré-candidatos da chapa majoritária ao governo de Pernambuco - o senador Armando Monteiro Neto (PTB e o deputado federal João Paulo (PT).
Lula usou o evento para fazer "um desagravo" pela ofensa recebida pela presidente, o que considerou "um ato de cretinice".
Para Lula, faltaram respeito e educação aos que gritaram palavrões (o coro dizia para Dilma tomar no c..) e lembrou que eles vieram da "parte bonita da sociedade". "Os que diziam que o Brasil ia passar vergonha na Copa deram o maior vexame", disse.
"Respeito, educação, a gente aprende na casa da gente", observou. "Duvido que trabalhadores tivessem coragem de falar 1%" do que foi falado".
"Nossa vitória será a nossa vingança", disse ele, depois de falar do seu temor de uma campanha eleitoral que corre o risco de ser "violenta". "A elite brasileira está conseguindo fazer o que nunca conseguimos: despertar o ódio de classes".
Ele destacou aos militantes que "se ofender a Dilma, estará ofendendo a cada um de nós". Não é uma briga dele, é uma briga de projeto", afirmou, referindo-se a um projeto de busca de igualdade e ascensão social.
"Dilma é apenas a nossa porta-voz, que estará à frente da campanha". Ao falar sobre os avanços dos governos do PT, Lula disse ter dado o pontapé inicial para o Nordeste "deixar de ser tratado como a latrina desse País".
A presidente recebeu flores e disse que Lula lhe aconselhou a não levar desaforo pra casa. Dilma também afirmou que a campanha será dura, mas que ela estará nas "boas mãos" da militância petista.