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Imposto defendido por Guedes é diferente da CPMF, diz Bolsonaro

Segundo o presidente da República, tributo planejado pela equipe econômica visa a desonerar a folha de pagamento das empresas

Guedes e Bolsonaro: tema de novo imposto voltou ao centro das discussões por causa do projeto da reforma tributária, que deve ser enviado ao Congresso Nacional na semana que vem (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de julho de 2020 às 22h09.

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado, 18, que o imposto sobre transações financeiras proposto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes , não é igual à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a famigerada CPMF , que vigorou no país de 1997 a 2007.

“A proposta de Guedes visa a desonerar a folha de pagamento”, disse Bolsonaro a apoiadores reunidos em frente ao Palácio da Alvorada.

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O tema do novo imposto, defendido por Guedes, voltou a ganhar importância com o retorno das discussões sobre a reforma tributária . A equipe econômica prevê enviar seu projeto de reforma ao Congresso Nacional na próxima terça-feira, 21.

Na quinta-feira, 16, durante o seminário online Expert XP, Guedes falou sobre o novo tributo e fez questão de ressaltar que um novo imposto sobre transações financeiras não é uma CPMF com outro nome. "Se disserem que não querem a CPMF, estaremos de acordo, pois não é a CPMF. Não é o mesmo imposto com outro nome, é uma base mais ampla", afirmou.

Mas a criação do imposto provoca fortes reações contrárias. Também na quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados , Rodrigo Maia , afirmou ser contra a recriação de um tributo semelhante à CPMF. "Não há espaço para debater uma nova CPMF. Nossa carga tributária é alta demais, e a sociedade não admite novos impostos", escreveu Maia no Twitter.

Contaminado pelo novo coronavírus , o presidente conversou com apoiadores no fim da tarde de hoje após a cerimônia de hasteamento da bandeira nacional. Ele usava máscara e estava ao lado da deputada federal Carla Zambelli. “Vamos apoiar as reformas e colocar o país nos trilhos de novo”, disse a parlamentar.

Bolsonaro ainda disse que o governo federal não deixou faltarem recursos para que Estados e municípios combaterem a pandemia. Ele reiterou que o Brasil deve “voltar a trabalhar” e que as medidas de isolamento social não têm eficácia no controle da covid-19. “Miséria e depressão matam mais que coronavírus”, disse o presidente aos apoiadores.

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