Geraldo Alckmin: partido do pré-candidato, o PSDB, tem tido dificuldade de aumentar coligação partidária (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de maio de 2018 às 17h07.
São Paulo - Embora não deva alterar as pesquisas de intenção de voto, o anúncio da equipe econômica do pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) foi um acerto.
A avaliação é do cientista político Humberto Dantas, da consultoria 4E. "Quantitativamente, não dá voto, mas agrada ao mercado. São nomes importantes, que, embora tenham passado pelo governo há muito tempo, se mantiveram ativos em posições de respeito e são sempre bem lembrados", afirmou Dantas. "Acho que foi um acerto."
Nesta quinta-feira, 17, Alckmin anunciou que os economistas Edmar Bacha, Persio Arida, José Roberto Mendonça de Barros e Alexandre Mendonça de Barros estarão em sua equipe econômica, que ainda não está fechada.
Dantas lembrou que, a essa altura do ciclo eleitoral, os riscos de divulgar os nomes são menores. "Se fosse mais perto da eleição, poderia dar munição para críticas. Devemos lembrar que a figura do Armínio Fraga em 2014 foi muito combatida pelo PT", disse, lembrando a última eleição presidencial, quando o então candidato Aécio Neves anunciou durante a campanha que Fraga seria seu ministro da Fazenda.
Para conseguir apoio de uma parcela maior da população geral, o cientista político disse que Alckmin, agora, precisa fazer acordos para aumentar sua coligação partidária. "Não tem sido fácil para o PSDB. Pelo contrário - é um dos mais duros desafios que o partido enfrentou nas últimas eleições."