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IGP-M deve encerrar o ano com alta de 10%, prevê LCA

Economista da consultoria projeta índice menor em 2011, sem necessidade de elevação da Selic

Produtos importados ajudam a controlar a inflação no Brasil (ARQUIVO/GETTY IMAGES)
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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2010 às 13h17.

São Paulo - Os preços dos alimentos no atacado e no varejo têm pressionado a inflação medida pelo IGP-M, que deve encerrar o ano com alta de 10%.

A avaliação é do economista da LCA Consultores Fábio Romão, que participou nesta quinta-feira (28) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME. “Choques climáticos no Brasil e em outro países elevaram o preço de produtos agropecuários.”

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Por outro lado, os produtos industriais estão com valores bem comportados, principalmente os bens duráveis. “O nível de estoque elevado na indústria brasileira e o aumento da penetração das importações não chancelam maior repasse de preços”, explica Romão.

O economista da LCA avalia como positiva a defesa que o Banco Central fez na ata do Copom da manutenção da taxa básica de juros em 10,75%. “A ata considerou que boa parte dos choques de oferta é transitória, assim como se viu no começo do ano. Além disso, o BC destacou que a maior intensidade da elevação dos juros ainda será sentida até março de 2011.” A consultoria não prevê alta da Selic no ano que vem.

Na entrevista, Fábio Romão analisou o poder de indexação do IGP-M, o impacto do cenário internacional na inflação brasileira e o peso do reajuste do salário mínimo nos preços da economia.

Clique na imagem abaixo para ouvir o programa "Momento da Economia"

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