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IBGE: produção de carro em SP sobe 14% em novembro

Acumulado do ano até novembo fechou em alta de 11,1%

Patamar dos estoques de automóveis na indústria já começaram a se normalizar (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Patamar dos estoques de automóveis na indústria já começaram a se normalizar (Marco de Bari/Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 11h57.

Rio de Janeiro - A produção industrial de veículos automotores em São Paulo cresceu 14,4% em novembro de 2010 ante o mesmo mês de 2009, segundo informou hoje o economista da Coordenação da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. A produção de veículos automotores em São Paulo acumula alta de 25,8% de janeiro a novembro de 2010.

Na avaliação de Macedo, os estoques da indústria automobilística em São Paulo se posicionaram em patamar elevado ao longo do ano passado. Mas pouco a pouco ocorre uma espécie de "normalização", o que ajudou a explicar o comportamento de alta na atividade industrial no acumulado do ano passado até novembro (11,1%).

Ele lembrou que o IBGE divulgou sinais sucessivos de aquecimento nas vendas de varejo ao longo de 2010. "Uma combinação de estoques elevados com vendas aquecidas no varejo ajuda no processo de normalização do patamar destes estoques, com o passar do tempo", explicou o especialista. A indústria automotiva como um todo representa de 9% a 10% do total da indústria nacional. O parque automotivo de São Paulo é o maior do País.

Importados

A concorrência dos produtos importados e as matérias-primas mais caras explicam o comportamento "moderado" na produção industrial de São Paulo como um todo, que mostrou aumento de apenas 0,2% no indicador de média móvel trimestral de novembro, segundo Macedo. O índice é considerado o principal indicador para mensurar tendência na atividade industrial.

O especialista comentou que São Paulo tem apresentado resultados próximos de zero no indicador de média móvel trimestral há dois meses. Isso porque problemas como a concorrência com importados e a menor demanda do mercado internacional, além de commodities mais caras elevando o preço de matérias-primas, acabaram por reduzir o ritmo de atividade de segmentos com maior presença no Estado.

É o caso da indústrias têxtil, cuja produção cresceu apenas 0,6% em relação a novembro do ano passado e que sofre com o câmbio mais favorável para a entrada de itens do exterior no País. O setor de alimentos, por sua vez, mostrou uma queda de 6% na produção industrial em São Paulo, influenciada por altas sucessivas nos preços de açúcar e de suco de laranja ao longo do ano.

Outro destaque negativo em São Paulo em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2009, é a produção industrial de material eletrônico e equipamentos de comunicações, cuja atividade caiu 13,7% e acumula queda de 6% de janeiro a novembro de 2010. Macedo explicou que ocorreu um recuo na procura por exportações brasileiras neste setor, principalmente de celulares.

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