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Hotéis de Petrópolis já apresentam melhora, mas querem mais

Ocupação está em torno de 50%, abaixo dos 80% usuais desta época do ano

Petrópolis foi uma das cidades mais atingidas durante chuvas que assolaram o Rio (Wilson Dias/ABr)

Petrópolis foi uma das cidades mais atingidas durante chuvas que assolaram o Rio (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 15h20.

Rio de Janeiro - Passados três meses da tragédia que abalou a região serrana fluminense, a situação do setor hoteleiro de Itaipava, o mais famoso distrito turístico de Petrópolis, está começando a dar sinais de recuperação. Os hotéis já receberam muitas reservas para o próximo feriado prolongado, o da Semana Santa.

“Mas a gente está precisando que as pessoas venham para cá. O movimento ainda não está grande”, disse à Agência Brasil a gerente executiva do Petrópolis Convention Bureau, Márcia de Paula Francisco. A ocupação, hoje, está em torno de 50%, contra os 80% habituais dessa época do ano. “A gente não está crescendo”, lamentou.

Petrópolis tem quase 100 pousadas legalizadas, das quais cinco estão situadas no Vale do Cuiabá, em Itaipava, área mais destruída pelas chuvas de janeiro. Do total de pousadas e hotéis, 40 são associados ao Convention Bureau. Cada unidade da rede hoteleira tem entre seis e 120 acomodações.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih-RJ), Alfredo Lopes, disse que toda vez que ocorre um trauma na imagem das cidades, como o das chuvas na serra fluminense, “você leva um tempo maior ou menor para se recuperar, proporcional ao investimento que é feito em publicidade, propaganda, promoção do destino, informando como estão as coisas atualmente, trazendo novidades e novos produtos”.

Em fevereiro, a Abih fez uma campanha de descontos de 50% em mais de 30 hotéis que se associaram à iniciativa. “Deu uma revertida boa. Tanto é que nós já tivemos uma ocupação razoável no carnaval, naquela região”.

Ele advertiu, porém, que esse tipo de iniciativa exige manutenção. A Federação de Conventions & Visitors Bureau do Estado do Rio de Janeiro vem buscando obter verba no Ministério do Turismo para dar continuidade à campanha, a exemplo do que foi feito em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense. A cidade foi abalada por fortes chuvas na virada do ano passado, que deixaram mais de 50 mortos.

“Se não fizer uma campanha com início, meio e fim, ou seja, de médio prazo, você não vai obter sucesso. E isso exige recursos”, disse Alfredo Lopes. O Consórcio Intermunicipal Serra Carioca, integrado pelos municípios de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, apresentou em fevereiro passado ao Ministério do Turismo um plano de recuperação da atividade turística na região serrana, avaliado em R$ 17,8 milhões.

O presidente da Abih-RJ afirmou que, se não houver aporte do ministério, as prefeituras e o governo estadual devem buscar outros recursos para as campanhas promocionais. “Me parece que, se não for essa verba federal, nós vamos ter dificuldade de fazer uma campanha de promoção. Porque, na realidade, você não está vendendo um produto. Está vendendo um destino, uma cidade. E isso exige investimentos intensos”.

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