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Hostilidade em visita a desabamento não incomodou, diz Temer

Presidente disse que também seria alvo de críticas se não comparecesse ao local onde prédio desabou após incêndio na madrugada de terça-feira (1º)

Temer: "O mau seria eu não revelar a autoridade do presidente, temeroso de uma ou outra hostilidade que sempre é negativa, não é útil" (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 2 de maio de 2018 às 15h41.

Última atualização em 2 de maio de 2018 às 15h49.

O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira que não se incomodou por ter sido hostilizado ao visitar o local do desabamento de um prédio em São Paulo na madrugada de terça-feira, e disse que era importante fazer "um gesto de autoridade".

"Eu não me incomodo com isso, o importante era o gesto de autoridade. Você é presidente da República, num caso como esse, convenhamos, uma tragédia das mais dramática, e com gente naturalmente muito carente, muito pobre. Eu estando em São Paulo e não comparecer lá, seria objeto de críticas", disse Temer na saída de um almoço oferecido ao presidente do Suriname, Desirè Bouterse.

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Temer disse que sabia, ao decidir visitar o local, que seria vítima de "alguma hostilidade".

"O mau seria eu não revelar a autoridade do presidente, temeroso de uma ou outra hostilidade que sempre é negativa, não é útil. Acho que o país precisa tomar critérios de educação cívica, mas eu não me incomodei minimamente com isso", garantiu.

Temer tentou visitar o local onde, depois de um incêndio, um prédio de 24 andares desabou no centro de São Paulo. Na visita, na manhã de terça, o presidente foi hostilizado com palavrões e gritos de "canalha" e "golpista".

Cercado por seguranças, Temer desceu do carro, falou com a imprensa rapidamente e saiu protegido por policiais depois de poucos minutos.

O presidente disse ainda que iria falar novamente com o ministro da Integração Nacional, Antonio de Pádua Andrade, para saber que tipo de auxílio será necessário dar às vítimas. "Eu determinei que desse toda a assistência necessária", disse.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de São Paulo, 49 pessoas são consideradas desaparecidas em decorrência do desabamento do edifício. Outras 428 pessoas, de 169 famílias, foram cadastradas pela Prefeitura como moradoras do prédio.

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