Hospital que fez máscara com garrafa tinha equipamento
Relatório mostra que a unidade na qual um bebê morreu após usar uma máscara de oxigênio improvisada possui máscaras em estoque
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 19h29.
O relatório da inspeção feita no Hospital de Jutaí, a 750 quilômetros Manaus , onde um bebê morreu após usar máscara de oxigênio improvisada, mostra que a unidade possui máscaras de oxigênio em estoque, mas não no tamanho apropriado para atendimento a bebês prematuros.
Uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (Susam) enviou uma equipe ao município no começo da semana para apurar as circunstâncias do atendimento aos gêmeos prematuros, que nasceram no hospital no último dia 27.
Para auxiliar a respiração dos recém-nascidos, foram utilizadas máscaras de oxigênio improvisadas com garrafa pet. Um dos bebês, uma menina, faleceu poucas horas após o nascimento.
As máscaras disponíveis no hospital são de tamanho padrão e não se adequaram aos rostos muito pequenos dos bebês, que nasceram em situação de “prematuridade extrema”, segundo o relatório. O texto, divulgado pela secretaria na noite de ontem (2), é composto por depoimentos e pela documentação relativa ao atendimento, e diz que “o médico, então, decidiu improvisar, usando garrafas do tipo pet, para assegurar um melhor acesso de oxigênio para as duas crianças”.
O secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, disse, em nota, que o médico relatou à equipe de sindicância que o procedimento foi feito com o objetivo de “estabilizar as duas crianças para, então, avaliar a possibilidade de remoção para Manaus”.
Segundo Souza, a secretaria deveria ter sido acionada rapidamente para dar orientações e providenciar a imediata remoção aérea dos bebês. “Uma vez solicitada a remoção, os gêmeos poderiam ser trazidos para Manaus ou mesmo levados para o município de Tabatinga, também na região do Alto Solimões, onde há uma estrutura melhor para o atendimento preliminar de prematuros”, disse.
O secretário estadual informou ainda que, devido às distâncias geográficas entre os municípios amazonenses, o governo oferece serviço aeromédico: “Isso quer dizer que o atendimento aos pacientes não é feito de forma aleatória, mas sim orientado, conforme o grau de gravidade, pela atuação de médicos reguladores”, explicou.
Ainda na nota, Pedro Elias destacou que “as unidades hospitalares de municípios de interior fora dos grandes centros, em sua grande maioria, são serviços de porte médio, que não têm Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatais, dotadas de equipamentos como capacetes de oxigênio, por exemplo, usados na oxigenoterapia de prematuros”.
O bebê que sobreviveu foi transferido para a Maternidade Ana Braga, em Manaus, por meio de UTI aérea, na noite de segunda-feira. O menino está internado na Unidade de Terapia Intensiva, em quadro grave.
O relatório da inspeção indica ainda que o parto prematuro dos bebês pode estar associado a um quadro de infecção urinária reincidente da mãe, de 20 anos, que já estava na quinta gestação.
O relatório da inspeção feita no Hospital de Jutaí, a 750 quilômetros Manaus , onde um bebê morreu após usar máscara de oxigênio improvisada, mostra que a unidade possui máscaras de oxigênio em estoque, mas não no tamanho apropriado para atendimento a bebês prematuros.
Uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (Susam) enviou uma equipe ao município no começo da semana para apurar as circunstâncias do atendimento aos gêmeos prematuros, que nasceram no hospital no último dia 27.
Para auxiliar a respiração dos recém-nascidos, foram utilizadas máscaras de oxigênio improvisadas com garrafa pet. Um dos bebês, uma menina, faleceu poucas horas após o nascimento.
As máscaras disponíveis no hospital são de tamanho padrão e não se adequaram aos rostos muito pequenos dos bebês, que nasceram em situação de “prematuridade extrema”, segundo o relatório. O texto, divulgado pela secretaria na noite de ontem (2), é composto por depoimentos e pela documentação relativa ao atendimento, e diz que “o médico, então, decidiu improvisar, usando garrafas do tipo pet, para assegurar um melhor acesso de oxigênio para as duas crianças”.
O secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, disse, em nota, que o médico relatou à equipe de sindicância que o procedimento foi feito com o objetivo de “estabilizar as duas crianças para, então, avaliar a possibilidade de remoção para Manaus”.
Segundo Souza, a secretaria deveria ter sido acionada rapidamente para dar orientações e providenciar a imediata remoção aérea dos bebês. “Uma vez solicitada a remoção, os gêmeos poderiam ser trazidos para Manaus ou mesmo levados para o município de Tabatinga, também na região do Alto Solimões, onde há uma estrutura melhor para o atendimento preliminar de prematuros”, disse.
O secretário estadual informou ainda que, devido às distâncias geográficas entre os municípios amazonenses, o governo oferece serviço aeromédico: “Isso quer dizer que o atendimento aos pacientes não é feito de forma aleatória, mas sim orientado, conforme o grau de gravidade, pela atuação de médicos reguladores”, explicou.
Ainda na nota, Pedro Elias destacou que “as unidades hospitalares de municípios de interior fora dos grandes centros, em sua grande maioria, são serviços de porte médio, que não têm Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatais, dotadas de equipamentos como capacetes de oxigênio, por exemplo, usados na oxigenoterapia de prematuros”.
O bebê que sobreviveu foi transferido para a Maternidade Ana Braga, em Manaus, por meio de UTI aérea, na noite de segunda-feira. O menino está internado na Unidade de Terapia Intensiva, em quadro grave.
O relatório da inspeção indica ainda que o parto prematuro dos bebês pode estar associado a um quadro de infecção urinária reincidente da mãe, de 20 anos, que já estava na quinta gestação.