Hospitais de referência da Rio 2016 estão superlotados
Problemas foram encontrados durante vistoria realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro nos cinco hospitais municipais da cidade
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2016 às 17h35.
Hospitais com pacientes acomodados de forma improvisada em macas, poltronas e cadeiras, e com superlotação em suas emergências.
Os problemas foram encontrados durante vistoria realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) nos cinco hospitais municipais do Rio de Janeiro, que serão usados como referência para atendimento de emergência durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
No Hospital Souza Aguiar, no centro da cidade, por exemplo, além do problema de superlotação e acomodação precária de pacientes, foi identificada a falta de medicamentos e de equipamentos para monitorar o estado de pacientes graves. As equipes médicas escaladas para os serviços de ortopedia e neurocirurgia também estavam incompletas.
No Salgado Filho, no Méier, duas crianças que deveriam estar na unidade de terapia intensiva estavam internadas de forma inadequada na sala de média gravidade, por falta de leitos.
Foram encontrados muitos pacientes internados ao longo de corredores e faltavam equipamentos de monitoramento. Havia também falta de médicos de ortopedia e neurocirurgia.
No Lourenço Jorge, o mais próximo do polo olímpico da Barra da Tijuca, a unidade semi-intensiva estava desativada por falta de pessoal. Faltam médicos também no centro de terapia intensiva (CTI), além de equipamentos para monitorar os pacientes graves. O aparelho de endoscopia digestiva está quebrado há mais de seis meses
No Albert Schweitzer, o mais próximo do polo olímpico de Deodoro, faltam médicos no CTI adulto. Segundo o Cremerj, a sala de trauma da unidade está instalada em local inadequado, com utilização de tapumes e espaço insuficiente entre os leitos. Há também demora na liberação de resultados laboratoriais.
Já no Miguel Couto, mais próximo do polo de Copacabana, as salas de emergências destinadas a pacientes adultos de média e alta gravidade apresentavam ocupação acima de sua capacidade.
Segundo o Cremerj, o estado precisa liberar verbas emergenciais para a Saúde, já que o repasse atual é de 4% do orçamento, bem abaixo dos 12% obrigatórios.
Outra medida seria os hospitais federais garantirem leitos de retaguarda para suprir a necessidade dos hospitais de referência da Olimpíada.
Resposta da secretaria Em resposta ao Cremerj, o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, disse que o planejamento de saúde montado para a Rio 2016 prevê que os hospitais federais disponibilizem 135 leitos de retaguarda.
Soranz esclareceu que o Cremerj vem levantando essas questões em oposição política à secretaria e garantiu que a cidade está preparada para os Jogos.
"Os nossos hospitais municipais já mostraram, em diversos momentos de nossa história, que têm capacidade de atendimento e atendem com muita precisão acidentes de múltiplas vítimas. A gente acredita e trabalha para que os hospitais continuem tendo o mesmo desempenho", afirmou o secretário.
Soranz disse ainda que o Cremerj não repassou oficialmente à Secretaria de Saúde qualquer relatório sobre das vistorias realizadas na rede pública de saúde.
Hospitais com pacientes acomodados de forma improvisada em macas, poltronas e cadeiras, e com superlotação em suas emergências.
Os problemas foram encontrados durante vistoria realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) nos cinco hospitais municipais do Rio de Janeiro, que serão usados como referência para atendimento de emergência durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
No Hospital Souza Aguiar, no centro da cidade, por exemplo, além do problema de superlotação e acomodação precária de pacientes, foi identificada a falta de medicamentos e de equipamentos para monitorar o estado de pacientes graves. As equipes médicas escaladas para os serviços de ortopedia e neurocirurgia também estavam incompletas.
No Salgado Filho, no Méier, duas crianças que deveriam estar na unidade de terapia intensiva estavam internadas de forma inadequada na sala de média gravidade, por falta de leitos.
Foram encontrados muitos pacientes internados ao longo de corredores e faltavam equipamentos de monitoramento. Havia também falta de médicos de ortopedia e neurocirurgia.
No Lourenço Jorge, o mais próximo do polo olímpico da Barra da Tijuca, a unidade semi-intensiva estava desativada por falta de pessoal. Faltam médicos também no centro de terapia intensiva (CTI), além de equipamentos para monitorar os pacientes graves. O aparelho de endoscopia digestiva está quebrado há mais de seis meses
No Albert Schweitzer, o mais próximo do polo olímpico de Deodoro, faltam médicos no CTI adulto. Segundo o Cremerj, a sala de trauma da unidade está instalada em local inadequado, com utilização de tapumes e espaço insuficiente entre os leitos. Há também demora na liberação de resultados laboratoriais.
Já no Miguel Couto, mais próximo do polo de Copacabana, as salas de emergências destinadas a pacientes adultos de média e alta gravidade apresentavam ocupação acima de sua capacidade.
Segundo o Cremerj, o estado precisa liberar verbas emergenciais para a Saúde, já que o repasse atual é de 4% do orçamento, bem abaixo dos 12% obrigatórios.
Outra medida seria os hospitais federais garantirem leitos de retaguarda para suprir a necessidade dos hospitais de referência da Olimpíada.
Resposta da secretaria Em resposta ao Cremerj, o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, disse que o planejamento de saúde montado para a Rio 2016 prevê que os hospitais federais disponibilizem 135 leitos de retaguarda.
Soranz esclareceu que o Cremerj vem levantando essas questões em oposição política à secretaria e garantiu que a cidade está preparada para os Jogos.
"Os nossos hospitais municipais já mostraram, em diversos momentos de nossa história, que têm capacidade de atendimento e atendem com muita precisão acidentes de múltiplas vítimas. A gente acredita e trabalha para que os hospitais continuem tendo o mesmo desempenho", afirmou o secretário.
Soranz disse ainda que o Cremerj não repassou oficialmente à Secretaria de Saúde qualquer relatório sobre das vistorias realizadas na rede pública de saúde.