ALOYSIO NUNES (PSDB): o senador é favorito para assumir o ministério das Relações Exteriores / Antonio Cruz/Agência Brasil
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2017 às 06h23.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h33.
Mais de uma semana se passou desde que o ex-ministro de Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), entregou sua carta de demissão ao presidente Michel Temer e, com o feriado de Carnaval no meio, nada ficou definido. Mas é provável que, até o final da semana, o presidente indique o novo nome para a pasta. O favorito é o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que já havia sido sondado para o cargo antes de Serra assumir. A ideia é que o novo ministro tome posse já no início da próxima semana, junto com Osmar Serraglio (PMDB-PR), novo ministro da Justiça.
A Bancada do partido no Congresso fechou apoio a Aloysio, mas também apresentou como opções Roberto Amaral, embaixador em Washington e também ligado aos tucanos, e Antonio Anastasia, senador por Minas Gerais. Anastasia não teria interesse no cargo; Amaral perde força porque a avaliação do governo é de que um nome vindo da política seria a melhor escolha nesse momento em que as negociações no Congresso serão decisivas. O PSDB perdeu a Justiça, onde tinha Alexandre de Moraes. Perder mais uma pasta poderia enfraquecer o apoio dos tucanos ao governo.
Outros nomes “políticos” chegaram a ser cogitados – todos ligados ao PSDB – como o senador Tasso Jereissati (CE) e José Anibal, que estava no Senado como suplente de José Serra. Fred Arruda, que auxilia Temer com questões externas na Câmara dos Deputados, e Marcos Galvão, secretário-geral do Itamaraty, foram cogitados, mas a chance de um nome técnico emplacar é pequena.
Algo positivo para o presidente é que seu próprio partido, o PMDB, não vai entrar na disputa pelo Itamaraty como fez pela Justiça. Os peemedebistas estavam descontentes e achando que os tucanos tinham muito poder no governo, enquanto o partido estava com ministérios com menos capacidade de investimento. O ministério de Relações Exteriores não é muito visado, sem orçamento para investir em bases eleitorais. Um problema a menos para o presidente.