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Homicídios sobem 50% em novembro na cidade de SP

O total de vítimas assassinadas cresceu ainda mais: 71%, indo de 170 pessoas mortas em novembro deste ano, contra 99 no mesmo mês do ano anterior.


	Fernando Grella Vieira, secretário de Segurança Pública do Estado: secretaria não confirmou se a escalada da violência teve queda após a troca de comando no começo de novembro
 (Divulgação/MP-SP)

Fernando Grella Vieira, secretário de Segurança Pública do Estado: secretaria não confirmou se a escalada da violência teve queda após a troca de comando no começo de novembro (Divulgação/MP-SP)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2012 às 08h28.

São Paulo - O número de homicídios registrados na capital paulista cresceu 50% no último mês, na comparação com novembro do ano passado. A tendência, no entanto, é de queda, pois em relação a outubro, o mês anterior, houve pequena redução de 4% - as ocorrências na cidade caíram de 150 para 144.

O total de vítimas assassinadas teve crescimento ainda maior: 71% de aumento. Ao todo, 170 pessoas foram mortas na capital no mês passado (a média foi de uma morte a cada cinco horas). Em novembro de 2011, 99 pessoas foram mortas.

Os números ainda são reflexo da guerra não declarada entre o crime organizado e as forças de segurança do Estado.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública não confirmou se a escalada da violência teve queda após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) trocar a chefia da Secretaria de Estado da Segurança Pública no começo de novembro - saiu o promotor público Antonio Ferreira Pinto e entrou o ex-procurador-geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira.

Diferentemente do antigo secretário, Grella Vieira admitiu que o Primeiro Comando da Capital (PCC) estava por trás da onda de assassinatos contra policiais de folga e afirmou que o batalhão das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) não teria o mesmo protagonismo que tinha nas ações contra a facção.

No apanhado do ano, de janeiro até novembro, os registros de homicídio subiram 31% em relação ao mesmo período de 2011 - foram 923 casos no ano passado e 1.212 neste ano. Nesse mesmo corte temporal, o número de pessoas assassinadas subiu ainda mais: 44% de aumento - de 969 para 1.327 vítimas.

Essa diferença é um indicativo do aumento de chacinas - ocorrências em que mais de três pessoas são mortas em um único caso. O governo do Estado não divulga as estatísticas de chacina.

Por outro lado, o crime que mais preocupa o cidadão - o latrocínio (tentativa de assalto que termina com a morte da vítima) - ficou praticamente estável na capital. Houve registro de seis ocorrências no mês passado, contra sete em novembro do ano passado. Na comparação do mês passado com outubro, o mês anterior, o dado também ficou estável: seis registros em cada mês. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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