Homicídios crescem 52,2% nas cidades pequenas em dez anos
Segundo Ipea, nas cidades grandes (com mais de 500 mil habitantes), houve uma queda de 26,9% nos homicídios
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 11h27.
Rio de Janeiro - A taxa de homicídios nas cidades pequenas (com até 100 mil habitantes) cresceu 52,2% entre os anos 2000 e 2010, no país.
Ao mesmo tempo, nas cidades grandes (com mais de 500 mil habitantes), houve uma queda de 26,9%.
Os dados fazem parte de pesquisa divulgada hoje (20) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Nas cidades médias (com população entre 100 mil e 500 mil), a taxa cresceu 7,6%.
Segundo o coordenador da pesquisa, Daniel Cerqueira, o crescimento econômico das cidades menores pode ter atraído atividades ilegais e, consequentemente, a violência.
“A relação entre renda e crime vão em direções contrárias. Por um lado, quando a renda e a atividade econômica aumentam numa região, você teria um incentivo a diminuir o crime, porque o indivíduo tem mais condições de se virar no mercado de trabalho legal. Mas, por outro lado, quando a renda aumenta em determinada localidade, isso aumenta o valor dos mercados ilícitos, como o tráfico de drogas, extração de madeira etc. A gente percebeu claramente que houve uma interiorização do crime no Brasil”, disse.
Apesar disso, os municípios grandes ainda tinham uma taxa de homicídios de 35,3 por 100 mil em 2010, quase duas vezes maior do que nas cidades pequenas (18,6 por 100 mil). Nas cidades médias, a taxa de homicídios era 34%.
Rio de Janeiro - A taxa de homicídios nas cidades pequenas (com até 100 mil habitantes) cresceu 52,2% entre os anos 2000 e 2010, no país.
Ao mesmo tempo, nas cidades grandes (com mais de 500 mil habitantes), houve uma queda de 26,9%.
Os dados fazem parte de pesquisa divulgada hoje (20) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Nas cidades médias (com população entre 100 mil e 500 mil), a taxa cresceu 7,6%.
Segundo o coordenador da pesquisa, Daniel Cerqueira, o crescimento econômico das cidades menores pode ter atraído atividades ilegais e, consequentemente, a violência.
“A relação entre renda e crime vão em direções contrárias. Por um lado, quando a renda e a atividade econômica aumentam numa região, você teria um incentivo a diminuir o crime, porque o indivíduo tem mais condições de se virar no mercado de trabalho legal. Mas, por outro lado, quando a renda aumenta em determinada localidade, isso aumenta o valor dos mercados ilícitos, como o tráfico de drogas, extração de madeira etc. A gente percebeu claramente que houve uma interiorização do crime no Brasil”, disse.
Apesar disso, os municípios grandes ainda tinham uma taxa de homicídios de 35,3 por 100 mil em 2010, quase duas vezes maior do que nas cidades pequenas (18,6 por 100 mil). Nas cidades médias, a taxa de homicídios era 34%.