Homem morto na Praça dos Três Poderes usava paletó com naipes de baralho
De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, houve um 'autoextermínio com explosivo' no local
Agência de notícias
Publicado em 13 de novembro de 2024 às 22h45.
Um homem morreu após uma explosão na Praça dos Três Poderes, em Brasília, enquanto usava um terno verde com símbolos de naipes do baralho. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, foi um “autoextermínio com explosivo”.
Duas explosões próximas deixaram ainda um carro incendiado. A área foi cercada por policiais, o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) foi evacuado, e a sessão da Câmara dos Deputados, suspensa. A Polícia Civil investiga o caso, enquanto a Polícia Federal já abriu um inquérito.
Após os incidentes, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) iniciou uma varredura no entorno do Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava no Palácio da Alvorada no momento das explosões, a quatro quilômetros de distância, onde se reuniu com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
Segurança reforçada e busca por mais explosivos
Policiais estão cercando a Praça dos Três Poderes e solicitam que as pessoas mantenham distância. A Polícia Militar realiza uma varredura no local para verificar a existência de outros explosivos. No prédio do STF, o plenário foi evacuado e foi orientado que ninguém se aproxime das janelas.
Além disso, um carro foi incendiado perto do Anexo IV da Câmara. Equipes policiais estão inspecionando outros veículos no local para identificar possíveis explosivos adicionais. A Polícia investiga se há conexão entre a explosão nas proximidades do STF e o incêndio próximo à Câmara.
Ameaças em redes sociais e possíveis motivações
Nas redes sociais, o homem identificado como dono do carro incendiado, Francisco Wanderley Luiz, aparenta ter feito ameaças a autoridades e antecipado as explosões. Francisco, ex-candidato a vereador em Rio do Sul, usava o carro registrado em seu nome, com placa de Santa Catarina.
Em uma das postagens, ele deu à Polícia Federal “72 horas” para “desarmar a bomba” e fez referências à casa de políticos. Em outra, mencionou o dia 13 de novembro e escreveu sobre um “grande acontecimento”. Em outras postagens, ele citou generais, políticos e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Em uma foto publicada no plenário do STF, Francisco escreveu: “Deixaram a raposa entrar no galinheiro” e, em outra, segurando uma taça de vinho, escreveu: “Não chores por mim”. Ele também mencionou que “vocês foram avisados”.
Duas explosões, com intervalo de 20 segundos, ocorreram em frente ao STF na noite desta quarta-feira, resultando na morte do homem que portava o explosivo.